Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Ex-director de serviços secretos dos EUA nega escutas a Donald Trump

O ex-director dos serviços secretos norte-americanos James Clapper, que ocupava o cargo durante a campanha para as presidenciais do ano passado, negou este domingo a gravação durante o seu mandato de conversas do agora presidente Donald Trump.

Se os últimos dias de Obama foram marcados por uma crescente tensão com Moscovo, os primeiros de Trump vieram confirmar o desejo de uma aproximação. Um dos primeiros telefonemas oficiais, no final de Janeiro, foi para o Kremlin. A conversa com Putin versou sobre o combate ao terrorismo. A proximidade tem suscitado polémica, que remonta ao período da campanha. O primeiro director, Paul Manafort, demitiu-se após a notícia de ligações a Moscovo. Os contactos com a Rússia provocaram a queda do conselheiro de Segurança Nacional, Michael Flynn, e no domingo surgiram notícias que envolvem outras figuras próximas do Presidente. Na Europa, teme-se que Trump ponha fim, unilateralmente, às sanções decretadas após o apoio militar da Rússia aos rebeldes  na Ucrânia.
reuters
05 de Março de 2017 às 19:34
  • 1
  • ...
"Posso dizer que a partir do aparelho de segurança nacional que coordenava como DNI (Diretor de Serviços de Informações) não houve escutas ao presidente eleito nesse momento, como candidato, ou à sua campanha", disse Clapper numa entrevista à emissora NBC.

Clapper, que ocupou o cargo entre 2010 e 2017, assinalou que se tivessem havido gravações teria sabido, assegurando que podia negar a existência de uma ordem judicial permitindo à polícia federal norte-americana (FBI) intervir nas comunicações da Torre Trump em Nova Iorque, sede da campanha do magnata.

O presidente Donald Trump pediu hoje ao Congresso norte-americano para investigar eventuais escutas de que tenha sido alvo por ordem do seu antecessor antes das eleições, no âmbito do caso de alegada interferência por parte da Rússia, e determinar se o governo de Barack Obama abusou dos seus poderes.

No sábado, Trump acusou Obama de o ter colocado sob escuta antes das eleições presidenciais de 8 de Novembro, numa série de mensagens na rede social Twitter, sem dar pormenores ou referir provas.

Kevin Lewis, porta-voz do antigo presidente norte-americano, afirmou no mesmo dia que Barack Obama nunca ordenou a vigilância de qualquer cidadão norte-americano, desmentindo as acusações de Donald Trump.

Os ataques contra Barack Obama surgem numa altura em que a administração de Trump está envolvida em polémica acerca de contactos durante a campanha e o período de transição entre responsáveis russos e alguns dos seus assessores e conselheiros, incluindo o secretário da Justiça, Jeff Sessions.
Ver comentários
Saber mais Donald Trump Barack Obama escutas
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio