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Republicanos pressionam Trump para provar escutas de Obama

O candidato derrotado em 2008, John McCain, encosta o presidente à parede na polémica das alegadas escutas. Na ala republicana já há vozes a pedir que não se faça uma leitura tão literal dos desabafos no Twitter.

McCain reconhece derrota e dá os parabéns a Obama
13 de Março de 2017 às 12:21
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John McCain considera que o presidente dos Estados Unidos tem a obrigação de apresentar provas relativas às alegações, feitas no início de Março, de que o seu antecessor o colocou sob escuta antes das eleições realizadas a 8 de Novembro do ano passado.

 

Em declarações à CNN, o histórico dirigente republicano, senador do Arizona, referiu que o tema podia ser "esclarecido num minuto" e deu duas hipóteses a Donald Trump: "retractar-se ou fornecer a informação que o povo americano merece". É que, se Barack Obama tivesse mesmo violado a lei, este seria "um assunto sério, para dizer o mínimo".

 

"Creio que em questões como esta, em que se acusa um antigo presidente dos EUA de algo que não só é ilegal como simplesmente inaudito, é requerida uma colaboração. Deixarei que os americanos sejam o juiz, mas isto é um caso sério", apontou McCain, derrotado por Obama nas eleições de 2008, citado pelo The Guardian.

 

A 4 de Março, Trump lançou a acusação de que Obama "colocou as [suas] linhas [telefónicas] sob escuta na Trump Tower". Fê-lo num conjunto de 'tweets' publicados na rede social Twitter, sem especificar detalhes ou provas, e referindo-se ao anterior presidente, eleito pelos democratas, como um homem "mau (ou doente)".

 

 

Logo no dia seguinte às acusações, o ex-director dos serviços secretos americanos, James Clapper, que ocupava o cargo durante a campanha para as Presidenciais do ano passado, negou a gravação de conversas durante o seu mandato. Ainda assim, pediu ao Congresso para investigar o caso.

 

Admitindo que até agora não surgiu nenhuma prova em relação a estas acusações, o republicano Devin Nunes, com assento na Câmara dos Representantes, assinalou também que a imprensa não devia fazer uma leitura tão literal dos desabafos que Trump vai deixando nas redes sociais aos fins-de-semana. "O presidente é um neófito da política e tem vindo a fazer isto há um ano", resumiu.

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