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Advogados da era Obama contra Trump

Elementos que pertenceram à Administração de Barack Obama estão a trabalhar no sentido de desafiar a actual Administração norte-americana. "Uso agressivo da autoridade executiva desde o dia um" está na base desta decisão.

Uma das mudanças mais significativas de rumo na política americana trazidas por Donald Trump e os seus ideólogos é o regresso do proteccionismo económico. O novo Presidente dos EUA quer renegociar o Acordo de Comércio Livre da América do Norte (NAFTA, na sigla inglesa) e já assinou um decreto a pôr fim às negociações para a Parceria Transpacífica com os países asiáticos. Na calha estão também novos impostos sobre as importações e uma descida da taxação para apoiar os exportadores a enfrentarem o dólar forte. Há ainda a ameaça de uma guerra comercial com a China.
reuters
13 de Março de 2017 às 19:21
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20 de Janeiro de 2017. Donald Trump toma posse como presidente dos Estados Unidos da América. Poucas horas depois, Trump assina um decreto que visa colocar um ponto final no chamado Obamacare, uma reforma no sistema de saúde norte-americano levada a cabo pelo antigo presidente. Poucos dias depois, o recém-empossado presidente decide criar uma ordem executiva que proibia a entrada nos EUA de cidadãos de sete países maioritariamente muçulmanos. Um decreto muito contestado nomeadamente por várias empresas e que chegou mesmo à barra dos tribunais norte-americanos. E o tribunal decidiu suspender essa ordem.

E esta ordem executiva acabou por criar uma espécie de ligação entre vários membros do Departamento da Justiça na era de Barack Obama. De acordo com o relato da Reuters, Jonathan Smith demitiu-se do Departamento de Justiça no dia da tomada de posse de Donald Trump. Queria passar mais tempo com o filho pequeno. Mas esse objectivo teve uma vida muito curta. Duas semanas após a saída do Departamento de Justiça, Jonathan Smith encontrou um novo cargo, como director do grupo de direitos civis Muslim Advocates, que estava a trabalhar no sentido de desafiar a ordem executiva.

Não é surpreendente que Jonathan Smith e outros colegas que trabalharam para Obama tenham deixado o Departamento de Justiça que é agora liderado pelos republicanos, nota a agência. O que não é muito comum, explica, é a velocidade a que se tornaram opositores de Trump.


Alguns dos antigos advogados da era Obama admitiram que esta rápida movimentação, que os colocou do lado oposto ao de Trump, foi devido ao "uso agressivo da autoridade executiva desde o dia um, o que era garantido para atrair questões judiciais".

"Além de Smith, entre outros advogados que saltaram para o combate estão o antigo Procurador-Geral Eric Holder, que está a aconselhar a Califórnia na contestação a Trump [no que diz respeito] à imigração, regulação ambiental e cuidados de saúde; e o antigo procurador Neal Katyal, que está a ajudar o Havai a contestar a proibição de viagens imposta por Trump", avança a agência.

Todavia, os advogados da era do antigo presidente rejeitam que Obama esteja por detrás destes esforços. "Há uma ameaça única para a nossa democracia e Constituição que vimos como um ataque do presidente à comunidade muçulmana", revela Smith.

Trump quer receber Xi Jinping na sua casa de férias


Donald Trump está a planear a realização de uma cimeira de dois dias com o presidente chinês, Xi Jinping, avança esta segunda-feira, 13 de Março, a imprensa norte-americana. A CNN cita mesmo uma fonte anónima da Casa Branca que revela que a intenção do presidente norte-americano passa pelo agendamento do encontro com o homólogo chinês já para o próximo mês de Abril, devendo o mesmo realizar-se em Mar-a-Lago, a residência de férias de Trump na Florida.

Entretanto, também esta segunda-feira foi noticiado que os republicanos pressionam Trump para provar escutas de Obama. John McCain considera que o presidente dos Estados Unidos tem a obrigação de apresentar provas relativas às alegações, feitas no início de Março, de que o seu antecessor o colocou sob escuta antes das eleições realizadas a 8 de Novembro do ano passado.

 

Em declarações à CNN, o histórico dirigente republicano, senador do Arizona, referiu que o tema podia ser "esclarecido num minuto" e deu duas hipóteses a Donald Trump: "retractar-se ou fornecer a informação que o povo americano merece". É que, se Barack Obama tivesse mesmo violado a lei, este seria "um assunto sério, para dizer o mínimo".

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