No primeiro discurso público que efectuou desde que estalou a polémica com a demissão do director do FBI e a divulgação de informação confidencial à Rússia, o presidente dos Estados Unidos voltou a atacar os media e prometeu lutar contra os opositores.

"Olhem para a forma como eu fui tratado ultimamente, especialmente pelos media. Nenhum político na história, e eu digo isto com grande segurança, foi tratado pior ou de forma mais injusta. Não podemos deixar que nos derrubem, não podemos deixar que os críticos e os opositores impeçam os nossos sonhos", afirmou o presidente dos Estados Unidos, num discurso efectuado em New London, no Connecticut.  

Perante graduados da Academia da Guarda Costeira dos Estados Unidos, Trump deu a receita para enfrentar momentos adversos e marcados pela injustiça: "lutar, lutar, lutar". E "nunca, nunca, nunca desistir", pois "as coisas vão acabar por funcionar bem".

Este discurso surge numa altura que Trump enfrenta a maior crise política da sua ainda curta presidência. Depois de o jornal The Washington Post ter noticiado que Trump partilhou informação confidencial com o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Serguei Lavrov, um outro jornal, o New York Times, revelou na terça-feira que o presidente pediu ao director do FBI, James Comey, entretanto demitido, que encerrasse a investigação ao seu anterior assessor de Segurança Nacional, Michael Flynn.

Esta turbulência em Washington está já a assustar os mercados, com o dólar a perder valor e as bolsas a sofrerem quedas acentuadas.

Falando directamente para os estudantes, mas numa clara analogia à situação que vive actualmente em Washington, Trump afirmou que "a adversidade torna-te mais forte. Não desistam. Não deixem de fazer o que pensam que está correcto. Nunca o que é valioso foi conseguido de forma fácil. E quanto mais certos estão, maior será a oposição que vão enfrentar", acrescentou, citado pela CNN.