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País europeu admite suspender partilha de informação classificada com os EUA

Horas depois de o Washington Post ter dito que Donald Trump partilhou com a Rússia informação sensível que compromete países parceiros dos EUA, um país europeu admite deixar de partilhar dados com os norte-americanos.

Reuters
16 de Maio de 2017 às 15:42
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Um responsável sénior dos serviços de inteligência europeus admite que o seu país deixe de partilhar informação com os Estados Unidos, caso se venha a provar que o presidente norte-americano partilhou com diplomatas russos informação sensível obtida junto de terceiros.

"Pode ser um risco para as nossas fontes," afirmou aquele responsável citado pela Associated Press. O nome da fonte não é divulgado nem o do país para que trabalha.

O Washington Post noticiou ontem que Donald Trump partilhou informação considerada sensível sobre o daesh (auto-intitulado Estado Islâmico) com o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergey Lavrov, e o embaixador russo nos EUA, Sergey Kislyak, numa reunião na semana passada na Casa Branca.

O chefe de Estado norte-americano defendeu-se esta terça-feira, 16 de Maio, invocando o "direito absoluto" para o fazer e resguardando-se em "razões humanitárias." Mas não as desmentiu.

"Enquanto presidente, quis partilhar com a Rússia (numa reunião publicamente agendada na Casa Branca), o que tenho o direito absoluto de fazer, factos relacionados com o terrorismo e a segurança de voos comerciais. Razões humanitárias, porque quero que a Rússia dê um grande passo na sua luta contra o Estado Islâmico e o terrorismo," escreveu na sua conta de Twitter.

O encontro terá colocado em risco uma importante fonte de informação classificada sobre o daesh, já que a informação fornecida foi obtida através de um parceiro dos EUA e transmitida ao abrigo de um acordo de partilha de informação secreta. Em causa estarão dados sobre uma ameaça específica relacionada com o uso de computadores portáteis nos aviões.

Depois de se defender das acusações, Trump colocou uma outra publicação, também no Twitter, na qual sugere que se dê mais atenção às fugas de informação dos serviços de inteligência para a imprensa, ocorrências que diz ter tentado contrariar junto do director do FBI, James Comey, que entretanto demitiu e que investigava possíveis ligações entre a campanha de Trump e a Rússia.
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