Opinião
Donald Trump revelou segredos à Rússia?
A Guerra Fria voltou como uma farsa? Ou seja, americanos e russos trocam agora informações secretas? A acreditar no "Washington Post" foi isso exactamente que aconteceu.
Donald Trump facultou ao MNE russo documentos classificados sobre as operações do Estado Islâmico. A revelação causou um alvoroço. Apesar de Trump já ter negado ter feito isso, sabe-se que os EUA calibram com calma o que revelam aos aliados, nomeadamente aos mais próximos, que são conhecidos como os "Cinco Olhos" (EUA, Reino Unido, Canadá, Austrália e Nova Zelândia). Ou seja, isto é um pesadelo tornado realidade.
No "Guardian", Jonathan Freedland escreve: "Trump não tem vergonha: é isso que o torna tão perigoso". E continua: "Tecnicamente, um presidente tem o poder para demitir um director do FBI. Mas as leis não escritas sempre disseram que um presidente não o deve fazer. Trump viu essas leis não escritas e caminhou sobre elas. Quando agiam, os antecessores de Trump não estavam apenas a pensar no que estava na lei. Pensavam também na reputação. Trump é diferente. É um homem sem vergonha".
No "Washington Post", Jennifer Rubin, acrescenta: "É interessante que alguém da administração se tenha sentido compelido a libertar a informação, algo que vai enfurecer o presidente. Há muita gente na administração que acha que Trump põe em perigo a nossa segurança. Devemos agradecer a esses patriotas, mas também devemos investigar e, se for necessário, remover o homem que já provou mais de uma vez estar comprometido ou incapaz ou ambas as coisas". No "New York Times", Paul Krugman, centra-se mais na economia e com a deriva de gastos públicos de Trump: "A América pode não estar de volta ao pleno emprego - há um grande debate nos economistas sobre o tema. Mas o motor da economia não precisa agora de um empurrão fiscal. Este é o tempo errado para desejar maiores défices orçamentais".
No "Washington Post", Jennifer Rubin, acrescenta: "É interessante que alguém da administração se tenha sentido compelido a libertar a informação, algo que vai enfurecer o presidente. Há muita gente na administração que acha que Trump põe em perigo a nossa segurança. Devemos agradecer a esses patriotas, mas também devemos investigar e, se for necessário, remover o homem que já provou mais de uma vez estar comprometido ou incapaz ou ambas as coisas". No "New York Times", Paul Krugman, centra-se mais na economia e com a deriva de gastos públicos de Trump: "A América pode não estar de volta ao pleno emprego - há um grande debate nos economistas sobre o tema. Mas o motor da economia não precisa agora de um empurrão fiscal. Este é o tempo errado para desejar maiores défices orçamentais".
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