Opinião
Trump, a Rússia e o despedimento no FBI
Na terça-feira, o Presidente Trump despediu o director do FBI, James Comey, numa altura em que este liderava a investigação para apurar as ligações de membros da nova administração à Rússia.
A ironia da história é que Comey, ao trazer para a praça pública os e-mails privados de Hillary Clinton a poucas semanas do fim da campanha para as eleições presidenciais, poderá ter tido um papel activo para esta as perder. Segunda ironia: Trump argumenta que Comey tratou "levemente" a questão dos e-mails de Clinton e isso foi uma boa razão para o despedir. Comey soube da sua dispensa pela televisão. Refira-se que os directores do FBI têm um mandato máximo de 10 anos, para evitar que se repita a situação de J. Edgar Hoover, que chefiou o FBI quase 50 anos. No New York Times, David Leonhardt escreve: "O Presidente dos EUA está outra vez a mentir. O Presidente está a mentir sobre a razão por que despediu um responsável da justiça e está quase de certeza a mentir para se proteger a si próprio e aos seus adjuntos de uma completa investigação às suas actividades."
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