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Síria: Portugal compreende ataque dos EUA mas defende posição da ONU e UE

Portugal "compreende" os aliados que actuam em retaliação a "crimes de guerra" disse esta sexta-feira, 7 de Abril, Augusto Santos Silva, ministro dos Negócios Estrangeiros, referindo-se ao bombardeamento norte-americano contra a Síria sublinhando que são precisas posições unidas da ONU e da União Europeia.

Miguel Baltazar/Negócios
07 de Abril de 2017 às 11:31
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"Portugal compreende as posições dos seus aliados que são posições que procuram medidas de retaliação a crimes de guerra", disse o chefe da diplomacia portuguesa quando questionado pelos jornalistas sobre o ataque norte-americano contra posições militares do regime de Damasco, na Síria.

"Aguardamos ainda informação por parte das autoridades norte-americanas e aguardamos ainda as discussões no seio do Conselho de Segurança (ONU) e estamos ainda em consulta no quadro dos nossos aliados europeus para que possa haver uma posição unida e uma reacção da Europa. Estamos ainda nesse processo de consulta", acrescentou o ministro Augusto Santos Silva.


O ministro dos Negócios Estrangeiros falava à margem de um seminário sobre Assistência Humanitária e Protecção de Civis que decorre no Palácio das Necessidades, em Lisboa.


Sobre o ataque químico atribuído às forças Sírias, o ministro dos Negócios Estrangeiros sublinhou que há uma investigação em curso no Conselho de Segurança mas que todos os sinais "indiciam que no ataque de que resultaram cerca de 90 mortos na Síria", terça-feira, foram "flagrantemente violadas" as leis da guerra, designadamente por via do uso das armas químicas.

O presidente norte-americano Donald Trump ordenou na madrugada desta sexta-feira, 7 de Abril, o lançamento de 59 mísseis Tomahawk a partir de navios no Mediterrâneo contra uma base aérea de forças fiéis ao governo sírio de Bashar al-Assad, em Shayrat, como resposta pelo uso de armas químicas num ataque esta semana.

Trump justificou a intervenção - que vinha ameaçando nos últimos dias - com o "interesse vital" de "prevenir e parar a disseminação do uso de armas químicas mortais". A luz verde para a acção armada ocorreu no primeiro dia da cimeira entre Trump e o seu homólogo chinês, Xi Jinping, um encontro visto como sensível do ponto de vista económico mas também geopolítico.

 

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