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Eleições nos EUA não afastam investidores. Índices em Wall Street ganham mais de 1%

Os principais índices do lado de lá do Atlântico encerraram a sessão em alta, com dados dos serviços a gerarem ganhos nas bolsas. Isto mesmo sem as sondagens darem uma vitória clara a Trump ou Harris.

Netflix e Tesla abrem a época de contas das “tech” na quinta-feira.
Brendan McDermidReuters
05 de Novembro de 2024 às 21:18
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Mesmo com as eleições norte-americanas a decorrer e ainda sem um candidato à frente na corrida, os principais índices em Wall Street encerraram em forte em alta, com ganhos a rondar 1%.

Historicamente, o dia de eleições é um dia positivo para Wall Street e esta terça-feira não deverá destoar: o S&P terminou em alta em nove dos últimos onze dias de eleições no país. Nas eleições de 2020, este índice de referência teve ganhos de quase 2%.

Os investidores ganharam balanço com dados económicos dos serviços nos Estados Unidos que aceleraram para 56 pontos no mês passado, o valor mais elevado desde agosto de 2022 e acima do esperado pelos analistas, um sinal de robustez da economia.

O S&P 500 subiu 1,23% para 5.782,76 pontos, enquanto o Dow Jones Industrial Average somou 1,02% para 42.221,88 pontos e o índice de referência para o setor tecnológico, o Nasdaq Composite, avançou 1,43% para 18.439,17 pontos.

Os resultados poderão demorar dias até serem conhecidos, dado que as sondagens continuam sem mostrar um claro vencedor. As atenções deverão também centrar-se no partido maioritário no Congresso, dado que se um dos lados vencer as duas câmaras poderá levar a alterações significativas na despesa e da política de impostos.

Entre os principais movimentos de mercado, a Palantir Technologies subiu 23,38% depois de ter apresentado contas do último trimestre que revelaram lucros recorde e grande procura pelo software de inteligência artificial da empresa.

Destaque ainda para a empresa de tecnologia do candidato republicano, a Trump Media & Technology, que chegou a disparar mais de 17% e teve a negociação interrompida por duas vezes. Quando retornou a negociar desvalorizou e encerrou a sessão a cair mais de 1%. Uma vitória de Trump seria vista como um catalisador positivo para os títulos da empresa, enquanto uma derrota empurraria na direção oposta.

Já a Tesla, de Elon Musk, que demonstrou várias vezes estar do lado de Donald Trump nestas eleições, valorizou 3,54%.

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