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PSD: "Nenhum português fica descansado" com o novo imposto sobre o património

Os sociais democratas criticam “mais um aumento de impostos” e dizem que este é “o preço a pagar pela reversão da autoridade”. O novo imposto sobre o património, defendem, vai afastar o investimento

Miguel Baltazar/Negócios
15 de Setembro de 2016 às 12:48
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"Há um ano diziam-nos que a austeridade ia diminuir e que a economia ia crescer e está afinal a crescer menos. Além disso, para equilibrar as contas publicas, o Governo tem de lançar mão de novos impostos". Num cenário destes "nenhum português fica descansado", afirmou no Parlamento António Leitão Amaro, do PSD.

O deputado comentava, desta forma, a notícia da criação de um novo imposto sobre o património imobiliário, adiantada esta quinta-feira, 15 de Setembro, pelo Negócios.  Escusando-se a falar em concreto sobre a nova medida, cujos contornos, salientou, ainda não são conhecidos, o Leitão Amaro preferiu colocar a tónica nos "aumentos de impostos a que temos vindo a assistir", como o que incide sobre os combustíveis ou ao nível do IMI, com alterações num dos coeficientes que integra a fórmula de cálculo do imposto.

 

"Desde o início do ano somos confrontados com notícias sobre o aumento de impostos. Sobre os combustíveis, sobre as vistas, sempre com um padrão comum deste Governo, de aumentar os impostos", afirmou. "A reversão da autoridade tem um preço muito grande a pagar" porque "o Governo não controla a despesa corrente" e "em vez de reduzir aumenta a despesa do Estado".

 

Por outro lado, "os sinais que o Governo dá, com medidas que vai deixando cair às gotas, afastam o investimento e castigam a classe média", acrescentou, ignorando as garantias dadas pelo PS e pelo Bloco de Esquerda de que o novo imposto abrangerá apenas os detentores de património de valor muito elevado, nunca abaixo do meio milhão de euros.

Questionado sobre se concorda ou não com a ideia de progressividade, Leitão Amaro respondeu: "É um princípio constitucional, quem é que não concorda? Mas há um problema, um país tem de distribuir riqueza, mas tem de aumentar a sua riqueza. E quando os países são governados por governos  de esquerda com esta lógica, a riqueza deixa de aumentar."

 

"É preciso não dificultar o investimento para que a riqueza aumente", concluiu. 

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