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Bloco aberto a elevar patamar dos 500 mil euros na nova taxa imobiliária

A líder bloquista diz que as propostas continuam em cima da mesa e que espera chegar a "bom porto" nas conversações com o Governo. "O patamar mínimo tem de ser alto, mas não pode ser tão alto que não chegue a ninguém", adverte.

Miguel Baltazar
19 de Setembro de 2016 às 16:48
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O Bloco de Esquerda não dá por fechado o valor do patamar mínimo a partir do qual os proprietários de imobiliário de elevado valor passarão a pagar um novo imposto, admitindo um valor superior aos 500 mil euros que foram apontados como aquele acima do qual o imposto estava a ser discutido com o Governo e que o Negócios noticiou na semana passada.

"O patamar mínimo tem de ser alto, mas não pode ser tão alto que não chegue a ninguém. As propostas estão em cima da mesa e chegaremos a bom porto", afirmou esta segunda-feira, 19 de Setembro, Catarina Martins, quando questionada sobre o valor, que tanto o PCP como o PS propõem que seja de um milhão de euros.

Em declarações transmitidas pelas televisões, a líder bloquista disse ser preciso "garantir que as pessoas que não são ricas" mas "que têm a sua casa, compraram casa de férias ou têm casa de família ficam excluídas deste imposto" já que, defende, "pagaram impostos toda a vida."

Acusando os partidos da direita de alimentarem um "falso debate" para criar "medo", disse que o que se propõe é chamar o património imobiliário de luxo a "contribuir para os esforços do país", nomeadamente para subir as pensões mais baixas. Uma "contribuição muito pequena por quem tem muito e quase não paga," acusou.

Sobre a ameaça que a introdução desta medida pode vir a constituir ao investimento estrangeiro, Catarina Martins disse ser preciso distinguir investimento de transacções financeiras. "Uma casa que está feita, não tem investimento. Está feita. (…) Investimento é quando se cria valor, quando há criação de postos de trabalho," afirmou, apontando o dedo aos fundos imobiliários: "Quantos do fundos imobiliários que têm património de luxo são nacionais ou têm qualquer tipo de investimento," questionou.

A líder bloquista defendeu ainda a deputada Mariana Mortágua - que reagiu na semana passada à medida contida num dos relatórios dos grupos de trabalho estabelecidos entre o Bloco e o Governo para a elaboração do Orçamento do Estado para 2017 -, afirmando que seria "mais natural que se pudessem ter apresentado os relatórios completos" das negociações, mas que essa é uma "opção do Governo".

(Título alterado às 17:15, de "aberto a alterar" para "aberto a elevar patamar dos 500 mil euros")

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