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Guilherme d'Oliveira Martins: "Não estou numa fila de candidatos, ou de candidatos a candidatos"
Não foi sondado pelo PS para se candidatar a Belém nem está na fila de candidatos, garante Guilherme d'Oliveira Martins em entrevista. Sobre José Sócrates, vinca a separação de poderes, mas sublinha o problema da prova e os perigos dos Governos de juízes.
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Guilherme d’Oliveira Martins garante que está no mesmo ponto de há uns meses, quando afirmou que uma candidatura à Presidência da República não estava nos seus horizontes. Diz que não foi sondado pelo PS para o cargo e garante que não está na fila. E é tudo o que tem a dizer, para já.
Numa entrevista concedida ao Público e à Rádio Renascença, o actual presidente do Tribunal de Contas, e um dos vários nomes que têm desfilado como possíveis candidatos a Belém, garante que não é assim: "Não estou numa fila de candidatos, ou de candidatos a candidatos", responde aos jornalistas.
Quando questionado sobre a adequação do seu perfil, responde apenas que "outros apreciarão", para acrescentar que "neste momento não posso dizer mais do que disse".
Sócrates, a prova e o Governo de juízes
Sobre José Sócrates, o presidente do Tribunal de Contas recorre igualmente à economia das palavras, mas deixa mensagens nas curtas entrelinhas.
Recorda que a política e a justiça actuam em campos diferentes, mas acrescenta que "há problemas que não podem deixar de ser equacionados e que têm a ver com a prova". Dito isto, e sem querer acrescentar mais nada, adianta que "acredito na administração da Justiça e certamente que se fará justiça".
Guilherme d’Oliveira Martins confessa que está "evidentemente" preocupado com as repercussões da prisão do ex-primeiro ministro mas "em nome do Estado de direito, em nome do País". "Vejo sempre com muito perigo Governos de juízes – eu estou à vontade porque o sou", refere ainda.