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Candidato do PS a Belém tem de ser "exemplar" como Mário Soares e Jorge Sampaio

António Costa não falou de nomes para as eleições presidenciais de Janeiro de 2016. No passado apoiava Guterres. Agora, enunciou as qualidades que o candidato apoiado pelo PS terá de ter. E não precisa de ser militante, basta ser "da área política" do PS.

Miguel Baltazar/Negócios
30 de Novembro de 2014 às 14:10
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As eleições presidenciais assumem-se como uma das principais batalhas do PS no próximo ano. Apesar de se realizarem apenas em 2016, vão ter lugar apenas meses depois das legislativas. Depois de Sampaio da Nóvoa ter feito um discurso que terminou com aplausos em pé dos congressistas e ter dito que não fecha a porta a uma candidatura, António Costa não nomeou qual será o candidato do PS para o lugar de Cavaco Silva, mas deixou algumas pistas.

 

As eleições presidenciais, sustentou, "não são obviamente partidárias" e "não compete ao PS designar ou escolher candidatos, mas o PS honra-se muito do contributo que tem dado ao longo da história da nossa democracia para a eleição de bons Presidentes, desde que em 1976 apoiámos a eleição de Ramalho Eanes".

 

Por outro lado, acrescentou, "as escolhas do PS em matéria de presidenciais têm sido sempre escolhas avisadas". Já a "realização do sonho que a direita acalentou durante tantos anos, e satisfez há três, de ter Governo, maioria e Presidente, só se traduziu num resultado para os portugueses: um pesadelo para os portugueses".

 

Por isso, "nós queremos dizer que estamos totalmente disponíveis e empenhados em contribuir para a eleição de um Presidente que, saindo das fileiras do PS ou da área política do PS", tenha "qualidades que podia enunciar desenvolvidamente: respeito pela Constituição, defesa intransigente da Constituição, representação da dignidade do Estado, representação do País".

 

Costa resumiu depois essas qualidades. "Vou sintetizar de forma simples: um Presidente que renove o orgulho que todos tivemos nas presidências exemplares de Mário Soares e Jorge Sampaio".

 

Guterres era consensual mas as Nações Unidas atrapalham planos

 

Na campanha para as primárias, tanto António Costa como António José Seguro disseram apoiar António Guterres como candidato presidencial. Porém, o Expresso noticiou que Guterres está interessado em tornar-se secretário-geral das Nações Unidas, sucedendo a Ban Ki-moon, o que, a acontecer, deixa o PS sem candidato. Um espaço que poderá ser aproveitado por Sampaio da Nóvoa.

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