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Tsipras quer reunir-se com Merkel, Hollande, Juncker e Draghi na Cimeira Europeia

O primeiro-ministro grego pediu a Donald Tusk que organize encontros à margem da cimeira europeia desta semana com Angela Merkel, François Hollande, Jean-Claude Juncker e Mario Draghi. A informação foi confirmada por um membro do Executivo helénico.

21 de Fevereiro – Tsipras após acordo no Eurogrupo para estender financiamento por quatro meses

“Ganhámos uma batalha, mas não a guerra. As dificuldades reais estão a chegar. Herdámos um país à beira da falência, com os cofres vazios, mas frustrámos o plano das forças cegas conservadoras, dentro e fora do país, que queriam sufocar-nos”.
Bloomberg
17 de Março de 2015 às 12:30
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O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, quer reunir-se com Angela Merkel, François Hollande, Jean-Claude Juncker e Mario Draghi. Para isso, Tsipras pediu ao presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, para agilizar encontros com estes líderes europeus à margem da Cimeira Europeia que decorre esta quinta-feira e sexta-feira, 19 e 20 de Março, respectivamente. A informação foi confirmada por um elemento do Executivo helénico e citada pela agência Bloomberg.

 

O The Guardian adianta que estes encontros são mais uma tentativa para solucionar o impasse e desbloquear a ajuda financeira a Atenas. As negociações técnicas entre Atenas e as instituições internacionais ainda decorrem e a expectativa é que estejam concluídas até ao final de Abril.

 

Entretanto, esta terça-feira, 17 de Março, Angela Merkel e Mario Draghi estão reunidos em Berlim.  O encontro ainda não terminou mas a situação da Grécia pode ser um dos temas em cima da mesa.

 

Ontem, 16 de Março, Angela Merkel convidou Alexis Tsipras a deslocar-se a Berlim no próximo dia 23 de Março. O convite de Merkel surgiu numa altura em que o seu ministro das Finanças voltou a criticar o Governo de Tsipras. "Mais uma vez, eles destruíram toda a confiança", disse em Berlim.

 

Wolfgang Schäuble declarou também não fazer ideia de como é que a Grécia pretende implementar reformas para receber o dinheiro dos parceiros europeus. "Entre os meus colegas nas instituições internacionais, não consigo encontrar ninguém que me consiga dizer como é que as coisas vão funcionar", apontou.

 

Desde que o Syriza chegou ao poder que existe um clima de tensão entre a Alemanha e a Grécia, mas a situação escalou na semana passada depois de a Grécia ter vindo reclamar a devolução do empréstimo forçado e as reparações de guerra às vítimas da ocupação nazi.

 

Moscovo em Abril

 

Mas as viagens não se ficam por aqui na agenda de Alexis Tsipras. Para o dia 8 de Abril está já confirmada uma visita a Moscovo para um encontro com o líder russo, Vladimir Putin. Esta deslocação vai ter lugar depois de, no início de Fevereiro, pouco depois de tomar posse, o Governo helénico ter dado sinais de uma aproximação à Rússia ainda que, na altura, Tsipras tenha apontado que não pretendia pedir ajuda financeira ao Kremlin.

 

"Solidariedade tem limites"

 

Para o primeiro-ministro esloveno, Miro Cerar, a solidariedade expressa à Grécia pelos parceiros europeus tem limites. Isto porque há outras economias europeias estão também a implementar medidas de austeridade. Ainda que reconheça que a Grécia está "numa situação muito difícil", Miro Cerar afirmou numa entrevista, citada pela Bloomberg, que "o nosso povo está sujeito a medidas de austeridade".

 

"Estamos a fazer tudo o que podemos para reduzir o nosso défice orçamental e para consolidar as nossas finanças públicas. Por esta razão não podemos ir demasiado longe na questão da solidariedade porque seria um mau sinal para os nossos cidadãos, para os nossos contribuintes", acrescentou o primeiro-ministro.

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