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Dijsselbloem: Grécia pode vir a ser alvo de controlo de capitais tal como Chipre em 2013

Antes de ser resgatado em Março de 2013, Chipre esteve sujeito à restrição do movimento de capitais, uma medida inédita na Zona Euro. Os bancos cipriotas estiveram fechados durante 11 dias para prevenir uma fuga de capitais. A medida pode voltar a ser aplicada na Grécia. Atenas já reagiu e diz que "não pode ser chantageada".

Bloomberg
17 de Março de 2015 às 17:07
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O controlo de capitais que teve lugar em Chipre em 2013 pode vir a ser repetido na Grécia. Esta hipótese é defendida pelo presidente do Eurogrupo, que revelou que existem vários cenários para a Grécia, que não passam pela saída do país da moeda única.

 

"Podemos também olhar para o cenário que tínhamos em Chipre. Tivemos de tomar medidas radicais, os bancos estiveram fechados durante um tempo e o fluxo de capitais dentro e fora do país estiveram sujeitos a condições", disse Jeroen Dijsselbloem esta terça-feira, 17 de Março.

 

Antes de ser resgatado em mais de 10 mil milhões de euros no final de Março de 2013, Chipre esteve sujeito à restrição do movimento de capitais, uma medida inédita na Zona Euro. Os bancos cipriotas estiveram assim fechados durante 11 dias para prevenir uma fuga de capitais.

 

E mesmo após a sua reabertura, várias restrições de levantamento continuaram a vigorar durante alguns dias, como um limite diário de levantamento de 300 euros para os particulares e de cinco mil euros para as empresas.

 

A possibilidade de ser imposto um controlo de capitais à Grécia, acontece três dias antes de Atenas ter de pagar dois mil milhões de euros aos seus credores, na sexta-feira.

 

A Grécia está a deparar-se com problemas para assumir os seus compromissos. Questionado sobre a falta de dinheiro do Governo de Alexis Tsipras, o líder do Eurogrupo declarou que está informado que a liquidez da Grécia está piorar de dia para dia.

 

O Governo grego já reagiu e apontou que Jeroen Dijsselbloem foi além do seu papel de líder do Eurogrupo ao mencionar o controlo de capitais. "Acreditamos que não é necessário recordar que a Grécia não pode ser chantageada", disse o porta-voz do Executivo de Alexis Tsipras, Gabriel Sakellaridis. 

 

Na entrevista, Dijsselbloem apontou que também é importante manter a "Grécia no seu rumo" e o "orçamento em linha". O também ministro das Finanças holandês aponta para o "saldo primário positivo", que vai permitir a Atenas poder "voltar a pagar as dívidas".

 

Ao mesmo tempo, considera que a recuperação económica na Grécia "correu muito bem", mas alerta que "devido a incertezas políticas, vai haver retrocessos". Para rematar, o líder do Eurogrupo sublinhou que o seu "compromisso político" é manter a "Zona Euro intacta". "É nisso que me vou focar."

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