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Grécia paga mais 500 milhões ao FMI e tem mais 300 milhões para reembolsar na sexta-feira

Este foi o terceiro e penúltimo reembolso de Atenas ao Fundo Monetário Internacional em Março. Na próxima sexta-feira, o Governo de Alexis Tsipras tem de reembolsar a instituição liderada por Christine Lagarde em mais de 300 milhões.

Reuters
16 de Março de 2015 às 15:54
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A Grécia efectou um novo reembolso ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Atenas pagou 560 milhões de euros a um dos seus credores internacionais esta segunda-feira, 16 de Março.

 

O reembolso foi confirmado à Bloomberg pelo porta-voz oficial do Executivo helénico, Gabriel Sakellaridis. Esta é a terceira e penúltima operação de reembolso este mês. O último terá lugar na próxima sexta-feira, altura em que Atenas tem que pagar ao fundo 336 milhões de euros. Estes dois empréstimos foram efectuados no âmbito do primeiro resgate à Grécia em 2010.

 

No total, a Grécia tem de reembolsar 1,5 mil milhões de euros à instituição liderada por Christine Lagarde durante o mês de Março e mais 4,5 mil milhões em dívida de curto prazo. 

 

Esta sexta-feira a Grécia tem de efectuar um pagamento de 1,6 mil milhões de euros de dívida de curto prazo, mais os 336 milhões ao FMI. Desta forma, se efectuar estes reembolsos na sexta-feira, a Grécia afasta o fantasma da bancarrota até ao mês de Abril.

 

A liquidez de Atenas tem sido colocada em causa, numa altura em que as receitas fiscais estão em quebra e em que o Banco Central Europeu (BCE) não aceita dívida grega como colateral.

 

Recorde-se que o BCE abriu uma linha de emergência de liquidez (ELA) para os bancos helénicos num valor superior a 68 mil milhões de euros, revisto quinzenalmente. 

 

O Governo grego garante que pretende reembolsar por completo os seus credores internacionais. "A nossa intenção é fazer tudo o que é possível para pagar de volta cada euro", disse Yanis Varoufakis no domingo numa entrevista na televisão pública alemã.

 

"A minha mensagem para os telespectadores é muito simples: ajudem-nos a crescer, para que possamos pagar o dinheiro de volta", apelou o ministro das Finanças grego aos eleitores e contribuintes alemães.

 

Neste momento, Atenas e os seus credores internacionais estão em negociações sobre as reformas a aplicar pelo Governo de Alexis Tsipras. Se aprovadas, a Grécia pode vir a receber 7,2 mil milhões de euros dos parceiros europeus.

 

A própria presidente do FMI pediu hoje mais reformas ao Governo de Alexis Tsipras. "Eu sinto que a economia precisa de ser transformada, que as reformas estruturais precisam de ter lugar, que o esquema de pensões precisa de ser estabilizado e financiado apropriadamente", disse Christine Lagarde esta segunda-feira durante uma visita à Índia citada pela Reuters.

 

Já o primeiro-ministro grego garantiu esta segunda-feira que o país não vai voltar a implementar medidas de austeridade. Em entrevista ao jornal helénico Ethnos, citada pela Reuters, o chefe do Governo assegurou que "independentemente dos obstáculos que poderemos encontrar nos nossos esforços de negociação, não vamos regressar às políticas de austeridade". Alexis Tsipras sustentou ainda que "a chave para um compromisso honrado (com a União Europeia e FMI) é reconhecer que a anterior política de austeridade extrema falhou, não apenas na Grécia, mas em toda a Europa".

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