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Papandreou volta a falar em coligação com o Syriza mas quer um referendo em troca

O líder do recém-formado Movimento para a Mudança assumiu que o seu partido está disponível para formar uma coligação governamental com o Syriza, que lidera as sondagens. Em troca, Papandreou quer a realização de um referendo popular sobre as reformas a executar pelo futuro Executivo helénico.

20 de Janeiro de 2015 às 19:55
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O líder do mais recente partido político grego, George Papandreou, afirmou ver com bons olhos a formalização de um acordo de Governo com a coligação de esquerda radical Syriza.O partido de Alexis Tsipras lidera as sondagens e distanciou-se, para uma vantagem superior a 3 pontos percentuais, nos últimos estudos de opinião face ao segundo classificado Nova Democracia, liderado pelo actual primeiro-ministro Antonis Samaras.

 

"Tudo depende do que o Syriza vier a defender", adiantou Papandreou numa entrevista concedida à agência Reuters. O antigo primeiro-ministro grego e anterior líder do Pasok, partido fundado há quatro décadas pelo seu próprio pai, afastou-se recentemente do partido de centro-esquerda para formar, já neste mês de Janeiro, o Movimento para a Mudança.

 

Apesar de as sondagens continuarem a atribuir uma votação entre os 2% e os 2,7% a George Papandreou, abaixo do mínimo de 3% requerido para chegar ao parlamento, o político grego mostra-se confiante de que até às eleições conseguirá melhorar as intenções de voto.

 

Partindo deste pressuposto, Papandreou aproveitou para colocar em cima da mesa as condições para que se concretize um entendimento entre o seu partido e o Syriza de Alexis Tsipras.

 

"Se eles estão seriamente empenhados em fazer mudanças, em negociar com parceiros uma forma organizada e estável para ultrapassar este período particularmente difícil e sair do memorando para os mercados, eu ficarei satisfeito em apoiar", concretizou o líder do Movimento para a Mudança.

 

Papandreou propõe novo referendo

 

Depois de ter sido o próprio George Papandreou a fazer o pedido de resgate financeiro internacional em 2010, o antigo líder do Pasok teve de enfrentar o descontentamento do povo grego. Foi então que o na altura líder do Executivo grego propôs a convocação de um referendo sobre as medidas impostas por aquele que foi o primeiro memorando de entendimento negociado com a troika.

 

A consulta popular foi encarada, interna e externamente, como um referendo à própria permanência da Grécia no euro, acabando, porém, por nunca se realizar, também devido às fortes pressões internacionais que caíram sobre Atenas, nomeadamente provenientes de Berlim e dos mercados.

 

Agora, Papandreou volta a propor a realização de um referendo, desta feita sobre as reformas estruturais que o próximo Governo deverá empreender. George Papandreou coloca também a exigência da realização deste referendo pós-eleitoral a Tsipras enquanto condição para a formação de uma coligação de governo. O regresso a uma proposta de referendo sobre o futuro da Grécia assume-se mesmo a principal bandeira de Papandreou de cara às eleições legislativas deste domingo.

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