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Ministro grego admite "plano B" se falhar acordo com a Europa

O líder dos Gregos Independente, partido que integra a coligação governamental na Grécia, e ministro da Defesa assume que Atenas quer “um acordo” com as autoridades europeias. No entanto, e caso não existe um acordo, abre a porta a angariar financiamento em “outra fonte”.

Bloomberg
10 de Fevereiro de 2015 às 09:13
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Panos Kammenos (na foto), líder do partido Gregos Independentes (partido que formou uma coligação com o Syriza para formar Governo na Grécia) e actual ministro da Defesa assume que o país quer "um acordo" com a Europa. Mas se essa possibilidade não se concretizar assume que há um "plano B", que passa por obter financiamento junto de outras "fontes".

 

"O que nós queremos é um acordo. Mas se não existir um acordo – temos esperança (que venha a existir) – e se a virmos que a Alemanha continua inflexível e quer separar a Europa, então temos a obrigação de ir para o Plano B. O Plano B é obter financiamento em outra fonte", afirmou Kammenos à televisão grega, citado pela Reuters.

 

"Poderia [ser] nos Estados Unido na melhor [das hipóteses], poderá ser na Rússia, poderá ser na China ou em outros países", acrescentou.

 

Estas declarações têm lugar a apenas algumas horas de distância da reunião extraordinária do Eurogrupo (encontro dos ministros das Finanças da Zona Euro), cujo tema é a Grécia. Os líderes europeus têm de encontrar uma solução para o país numa altura em que se aproxima o fim do programa de resgate grego (termina no final de Fevereiro).

 

Este encontro vai ser uma estreia para Yanis Varoufakis, o ministro das Finanças da Grécia, que, de acordo com o jornal Kathimerini em inglês, pode levar na pasta propostas para apresentar aos homólogos europeus.

 

Entretanto, o programa de Governo já é conhecido e conta com medidas como: o imposto unificado sobre os imóveis (ENFIA) será substituído por um novo imposto dirigido aos grandes proprietários; o salário mínimo universal será elevado dos actuais 586 euros para 751 euros até 2016; e uma reforma global do sector público da Grécia.

 

O Negócios escreve esta terça-feira, 10 de Fevereiro, que a possibilidade da Grécia sair do euro está de regresso à mesa da Europa. Em véspera da reunião do Eurogrupo, a guerra de palavras escalou e os investidores aceleraram a fuga de activos gregos. Varoufakis diz que se a Grécia sair do euro, não será caso único. Em Londres, o cenário "Grexit" já começou a ser avaliado. Bruxelas repete que não há cheques sem garantias renovadas de Atenas.

 

 

 

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