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Abertura dos mercados: A 24 horas do Eurogrupo extraordinário, mercados continuam de olhos postos em Atenas

Esta quarta-feira, realiza-se um encontro extraordinário dos ministros das Finanças do euro (Eurogrupo) em que o tema é a situação da Grécia. A cerca de 24 horas do arranque do encontro, os mercados continuam a seguir a par e passo a evolução dos acontecimentos na Grécia.

Bloomberg
10 de Fevereiro de 2015 às 07:58
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Amanhã, 11 de Fevereiro, realiza-se um encontro extraordinário dos ministros das Finanças da Zona Euro (Eurogrupo). Vai ser uma estreia para Yanis Varoufakis, o novo ministro das Finanças da Grécia, precisamente num encontro agendado para debater a situação da Grécia.

 

O programa de Governo de Alexis Tsipras já é conhecido e conta com medidas como: o imposto unificado sobre os imóveis (ENFIA) será substituído por um novo imposto dirigido aos grandes proprietários; o salário mínimo universal será elevado dos actuais 586 euros para 751 euros até 2016; e uma reforma global do sector público da Grécia.

 

O Negócios escreve esta terça-feira, 10 de Fevereiro, que a possibilidade da Grécia sair do euro está de regresso à mesa da Europa. Em véspera da reunião do Eurogrupo, a guerra de palavras escalou e os investidores aceleraram a fuga de activos gregos. Varoufakis diz que se a Grécia sair do euro, não será caso único. Em Londres, o cenário "Grexit" já começou a ser avaliado. Bruxelas repete que não há cheques sem garantias renovadas de Atenas.

 

Os investidores têm acompanhado de perto a evolução da situação grega. O impasse e a incerteza que têm rodeado Atenas têm feito com que os investidores "castiguem" os activos gregos, fazendo disparar os juros e afundar a bolsa. Na sessão desta segunda-feira, o principal índice grego encerrou a cair mais de 5,5%.

 

Nas praças asiáticas, o sentimento é misto. O Shanghai Composite Index soma 1,5% e o MSCI Ásia Pacífico segue pouco alterado, de acordo com a Bloomberg. No Japão, o Nikkei cedeu 0,33% e o Topix encerrou a somar 0,20%. A marcar a sessão neste continente esteve a especulação que uma baixa inflação na China pode permitir que sejam aplicados mais estímulos à economia.

 

No mercado cambial, o euro ganha ligeiramente terreno face ao dólar. Por esta altura avança 0,01% para 1,1326 dólares.

 

Já o petróleo está a cair nos mercados internacionais. O West Texas Intermediate desce 1,15% para 52,25 dólares por barril e o Brent do Mar do Norte, que serve de referência às importações portuguesas, cede 0,99% para 57,76 dólares por barril.

 

Esta queda das cotações do "ouro negro" é a primeira em quatro sessões. A determinar a esta evolução está a especulação que o fornecimento norte-americano desta matéria-prima vai fazer com que o excesso de oferta de petróleo continue a crescer.

 

Esta segunda-feira, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) publicou o seu relatório mensal e reviu em baixa a previsão dos níveis de produção de petróleo nos Estados Unidos em 2015. De acordo com o relatório mensal, a produção de petróleo nos países não-membros vai baixar em cerca de 400 mil barris por dia. A maior redução ocorre nos Estados Unidos, com um corte de 130 mil barris por dia, seguido da Colômbia. No Canadá e Iémen as previsões também foram revistas em baixa.

 

"Os principais factores para a previsão de crescimento mais lento em 2015 são: expectativa dos preços, menor número de poços activos na América do Norte, redução das licenças de exploração nos EUA e uma redução nas despesas previstas das companhias de petróleo internacionais", refere a OPEP no seu relatório mensal.

 

 

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