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Dijsselbloem alerta que adiar o pagamento ao FMI não reduz problemas da Grécia

O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, em declarações à uma estação de televisão holandesa, aponta que o facto de a Grécia ter adiado o pagamento ao FMI, “uma opção que já tinha sido oferecida anteriormente”, não vai fazer diminuir os problemas da Grécia.

05 de Junho de 2015 às 12:49
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O presidente do Eurogrupo (encontro dos ministros das Finanças do euro) considera que o facto da Grécia ter decidido atrasar um pagamento ao Fundo Monetário Internacional (FMI) não vai reduzir os seus problemas. Jeroen Dijsselbloem, em declarações a uma estação holandesa de televisão citadas pela Bloomberg, apontou que este adiamento no pagamento "aparentemente é uma opção que o FMI já tinha oferecido anteriormente".

Esta quinta-feira, 4 de Maio, a Grécia pediu adiamento do pagamento ao FMI. O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou que Atenas lhe pediu para que o pagamento de 300 milhões de euros previstos para hoje seja feito apenas no fim do mês, juntamente com as demais três parcelas devidas em Junho, que totalizam mais de 1,5 mil milhões.

"Se [a Grécia] arranjar alternativa à nossa proposta, terá de ser correcta em termos financeiros e sensata em termos económicos. Estamos à espera da proposta da Grécia. Esperamos tê-la hoje, mas ainda não posso dizê-lo. Não estou seguro que o encontro vá ter lugar hoje", disse.

Na passada quarta-feira, 3 de Junho, o primeiro-ministro grego, Alex Tsipras, e o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, reuniram-se para limarem arestas rumo a um acordo de Atenas com os seus credores. O encontro terminou sem acordo. Após o encontro, Tsipras disse no Twitter que "a nossa proposta continua a ser a única que é realista e construtiva. As discussões vão continuar". O jornal grego Kathimerini escreveu esta quinta-feira, 4 de Junho, que Juncker e Tsipras voltam a encontrar-se esta sexta-feira.

O líder do Eurogrupo sublinhou ainda, nessa declaração proferida esta sexta-feira, que "estamos em processo de ter um plano para colocar a Grécia numa trajectória que a torne forte do ponto de vista económico e financeiro". Algo que, Jeroen Dijsselbloem, defende que não pode ser "alcançado apenas com medidas agradáveis mas também com medidas desagradáveis, que é algo que o Governo grego tem de reconhecer".

Bruxelas também já se pronunciou sobre o adiamento do pagamento ao FMI. Margaritis Schinas, porta-voz da Comissão Europeia, afirmou, citado pelo The Guardian, que este adiamento vai ao encontro das regras do Fundo.

Entretanto, a mesma publicação adianta que Yanis Varoufakis, ministro grego das Finanças, solicitou um encontro com o seu homólogo alemão, Wolfgang Schäuble, na próxima terça-feira. Um dos assessores do governante alemão afirmou que a possibilidade desse encontro está a ser avaliada e que na segunda-feira vão pronunciar-se sobre o mesmo.

Tsipras fala com a Rússia sobre energia

De acordo com a Reuters, Alexis Tsipras, primeiro-ministro grego, estará em contacto telefónico com o Presidente russo, Vladimir Putin, para debater questões energéticas. O The Guardian, que dá conta desta notícia da Reuters, refere que este debate sobre questões energéticas pode estar relacionado com o plano para construir um gasoduto russo que passe pela Grécia.

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