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Segurança Social: Há 14 anos que não havia tantos trabalhadores a descontar
Mais de 4,6 milhões, com as remunerações declaradas por conta de outrem a ultrapassarem 7,7 mil milhões de euros. Nunca se tinha registado um montante tão elevado.
O número de trabalhadores a descontar para a Segurança Social atingiu, nos meses de maio e junho, os valores mais altos dos últimos 14 anos, ultrapassando 4,6 milhões de pessoas, revela o jornal Público este sábado, 24 de setembro.
Maio foi o mês com o maior número de pessoas registadas na Segurança Social, totalizando 4.650.946 trabalhadores, tendo caído ligeiramente em junho para 4.649.015, avança o mesmo jornal, com base em informações do Ministério do trabalho, Solidariedade e Segurança Social.
Estes números, que incluem trabalhadores por conta de outrem e trabalhadores independentes (ou a recibos verdes), são o reflexo de uma série de fatores, como a população empregada ter registado um novo máximo (havia 5,1 milhões de pessoas empregados no segundo trimestre deste ano) e o número de funcionários do Estado estar em níveis recorde.
"Além disso, com a pandemia e com a criação de um conjunto de medidas extraordinárias para apoiar os trabalhadores durante os confinamentos, assistiu-se à entrada de muitas pessoas na economia formal, registando-se na Segurança Social para poderem beneficiar desses apoios, algo que já tinha sido identificado como um motivo para o aumento do número de pessoas a descontar", observa o Público.
Ainda segundo o mesmo diário, as remunerações declaradas por conta de outrem também nunca tinham sido tão elevadas, tendo ultrapassado, em junho, 7,7 mil milhões de euros, valor que corresponde a um aumento mensal de 23,8% e homólogo de 8,5%.