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Portugal mantém das maiores subidas reais de rendimentos da OCDE
Organização destaca que, desde o início da crise inflacionista, o país teve um aumento real na massa salarial superior a qualquer país do G7. O indicador, recorde-se, é influenciado pela evolução do emprego.
Portugal manteve, no segundo trimestre, uma das maiores subidas reais dos rendimentos per capita no grupo de Estados-membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), indica nota da insituição sediada em Paris nesta quarta-feira.
Em dados incompletos, disponíveis ainda para apenas 15 países do grupo, a evolução real de rendimentos nacional continuou no segundo trimestre manter o desempenho mais favorável que já era notado no arranque do ano.
Na variação do rendimento disponível bruto por habitante quando descontada a inflação - a OCDE recorre ao deflator do consumo privado -, os rendimentos cresciam 2,1% face ao trimestre anterior, mantendo o ritmo.
É a maior subida, seguindo-se Hungria, com uma variação real per capita de 1,5%, nos dados que são apurados a partir das contas nacionais trimestrais relativas ao setor das famílias.
Na União Europeia, também Áustria e Itália seguem com ganhos reais de 1,1% e 1%, respetivamente. O Reino Unido também segue com uma variação de 1,1%, entre as mais elevadas.
Em contraste, no bloco europeu, Países Baixos, Iralnda, Espanha e Alemanha registam agora perdas reais para as populações, de 2,3%, de 2,2%, 0,4% e 0,2%, respetivamente.
Os dados quanto à evolução real dos rendimentos, também publicados pela Comissão Europeia, não traduzem porém a evolução ocorrida ao longo de um ano, contrariamente ao que sucede com aqueles que são divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e que apontam já para uma desaceleração dos rendimentos.
No ano terminado no segundo trimestre, segundo o INE, o rendimento bruto disponível per capita - ajustado para incluir prestação de bens e serviços públicos - subia em termos reais 1%, desacelerando face aos 1,4% de crescimento registados no primeiro trimestre.
A evolução dos salários é a mais detemrinante nesta evolução, facto que a nota hoje publicada pela OCDE também destaca. A organização realça que, desde o início da crise inflacionista, no final de 2021, a massa salarial avançou em Portugal, em termos reais, 23%, acima dos crescimentos das sete maiores economias do mundo.
Este dado, porém, não pesa o impacto que aumentos de emprego têm no agregado de salários pagos na economia.