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Fitch diz que adiar do pagamento da Grécia ao FMI não representa um incumprimento

Termina hoje o prazo para a Grécia pagar os 300 milhões de euros previstos. O país propôs ao FMI remeter esses pagamentos para o final de Junho, juntando esta parcela a outras três, totalizando mais de 1,5 mil milhões. A Fitch rejeita que esta solução represente um incumprimento.

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Bloomberg
05 de Junho de 2015 às 16:20
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Os investidores receavam que a decisão da Grécia em adiar o reembolso ao Fundo Monetário Internacional (FMI) desta sexta-feira, 5 de Junho, representasse um "evento de incumprimento". A Fitch defende que as agências de "rating" não deverão considerar que esta situação se enquadra num contexto de incumprimento.

Todavia, a agência de "rating" alerta que o adiar do pagamento revela "a grande pressão sobre o financiamento" do Governo grego. Este adiamento não terá, porém, uma implicação directa no rating do país, que se encontra agora no nível CCC, o que corresponde ao sétimo nível de lixo.

O rating atribuído reflecte "o risco de incumprimento para com credores do sector privado e não para os credores oficiais, assim o adiar do pagamento [ao FMI] não é em si mesmo um incumprimento."

Todavia, ressalta a Ficth, a opção de juntar quatro parcelas para pagar no final de Junho "reflecte a pressão que a ausência de mercado ou de financiamento oficial, e a falta de liquidez dos bancos gregos estão a impor à liquidez soberana".

A agência de rating demonstra alguma preocupação em torno da possibilidade de a Grécia não reunir condições para pagar os reembolsos prometidos ao FMI no final deste mês. A Fitch recorda ainda que "o Governo grego não aceitou o acordo proposto pela Comissão Europeia, o Banco Central Europeu e o FMI", salientando que caso as partes cheguem a um entendimento, é natural que se "enfrente oposição por parte de sectores internos do Syriza, que se opõem às propostas [de cortes de] pensões e salários no sector público".

Todavia, e face aos constrangimentos de tempo, a Fitch espera que se alcance um acordo no sentido de prolongar o programa de ajuda ao país, e que a Grécia faça desembolsos parciais, mostrando assim o seu compromisso com o programa de ajuda.

A Ficth conclui com um alerta: "Falhar o pagamento ao FMI no final de Junho será considerado negativo". A agência salientou ainda que se a Grécia não chegar a acordo com os credores "aumenta o risco de o Banco Central Europeu restringir o acesso dos bancos gregos ao fundo de emergência". Este facto poderá representar "restrições do sector bancário", bem como problemas de liquidez, "incluindo controlo de capitais".

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