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Forte queda da banca leva bolsa grega a perder mais de 5%

Os bancos gregos registaram quedas em torno dos 10% após o governo grego ter pedido o adiamento do reembolso ao Fundo Monetário Internacional. Os juros da dívida dispararam mais de 100 pontos base nas maturidades mais curtas.

Bloomberg
05 de Junho de 2015 às 16:24
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A bolsa grega fechou a sessão desta sexta-feira, 5 de Junho, a cair 5,03% para 235,42 pontos e acumulou uma queda semanal de 5,70%, a maior desde 17 Abril, altura em que a praça registou uma perda semanal de 7,34%.

Os bancos foram, mais uma vez, os principais responsáveis pela queda da bolsa ao registarem desvalorizações em torno dos 10%. O Alpha Bank caiu 9,61% para 30,1 euros, o National Bank of Greece recuou 10,57% para 1,10 euros, o Eurobank perdeu 12,24% para 12,9 cêntimos e o Piraeus Bank caiu 13,96% para 45 cêntimos.

No mercado da dívida, os juros dispararam mais de 100 pontos base nos prazos mais curtos. Na maturidade a dois anos, a yield subiu 169 pontos base para 24,9% e no prazo a quatro anos avançou 159 pontos base.

A queda da bolsa e a subida dos juros ocorre um dia após Atenas ter pedido o adiamento do pagamento de 300 milhões de euros que deveria fazer esta sexta-feira ao FMI. O reembolso deste valor, juntamente com as demais três parcelas devidas em Junho, que totalizam mais de 1,5 mil milhões, será feita no final do mês de Junho.

"As autoridades gregas informaram hoje [quinta-feira] o Fundo que tencionam juntar os quatro pagamentos devidos em Junho num só, que terá agora de ser realizado em 30 de Junho", anunciou o FMI em comunicado assinado pelo seu porta-voz Gerry Rice.

"No âmbito de uma decisão do Conselho Executivo adoptada em finais de 1970, os países membros podem pedir para agrupar vários pagamentos de empréstimos com vencimento num mês (os pagamentos de juros não podem ser incluídos nesse pacote). A decisão destinava-se a atender às dificuldades administrativas de fazer vários pagamentos num curto período", acrescenta o comunicado, numa referência ao precedente aberto então para atender à situação da Zâmbia.

A Grécia quer agora fazer uso do precedente do país africano, mas provavelmente será a falta de fundos ou alguma manobra política, e não dificuldades administrativas, a causa próxima deste pedido à instituição liderada por Christine Lagarde.

O último pagamento de 750 milhões de euros foi feito ao FMI com dinheiro depositado na própria conta de emergência junto do FMI, e representa uma gota de água quando comparado com os quase nove mil milhões que a Grécia tem de devolver ao Fundo e ao BCE durante este Verão. 

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