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Fecho dos mercados: Bolsas e moeda europeia caem, juros sobem e petróleo volta às perdas

As bolsas europeias encerraram a última sessão da semana em queda, depois do anúncio de que a Grécia pediu o adiamento do reembolso ao Fundo Monetário Internacional. As preocupações dos investidores levaram também os juros da dívida a subir e o euro a cair. Já o petróleo segue a desvalorizar em dia de reunião da OPEP, que manteve as suas quotas de produção.

Reuters
05 de Junho de 2015 às 17:44
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Os mercados em números

 

PSI-20 caiu 1,17% para 5.804,53 pontos

Stoxx 600 desceu 0,93% para 389,00 pontos

S&P 500 desvaloriza 0,05% para 2.094,84 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal soma 9,7 pontos base para 2,949%

Euro recua 1,13% para 1,1111 dólares

Petróleo cai 0,29% para 61,85 dólares por barril

 

Europa no "vermelho". Lisboa acompanha sentimento negativo

 

A última sessão da semana foi marcada pelo pessimismo dos investidores. Os principais mercados accionistas do Velho Continente fecharam em queda, depois de a Grécia ter pedido o adiamento do reembolso ao Fundo Monetário Internacional (FMI). A praça de Atenas foi precisamente a mais "castigada", com uma queda superior a 5%, penalizada sobretudo pelos títulos do sector financeiro. O índice de referência para a Europa, o Stoxx 600, cedeu 0,93%.

 

Por cá, a bolsa nacional partilhou a tendência negativa. O PSI-20 caiu 1,17% para os 5.804,53 pontos, num dia em que apenas duas empresas registaram ganhos: Galp Energia e Banif. A Mota-Engil liderou as perdas. Cedeu 5,03% para os 2,437 euros, na sessão em que descontou o dividendo de 0,12 euros que vai distribuir aos seus accionistas. Nota ainda para o sector financeiro: o BCP desceu 1,36% para os 0,0869 euros e o BPI depreciou-se em 0,71% para os 1,39 euros.

 

Juros em alta na periferia da Zona Euro

 

Com o pedido feito esta quinta-feira, a Grécia tornou-se o primeiro país a adiar um pagamento ao FMI desde a década de 80. Esta notícia foi mal recebida pelos investidores europeus que exigiram juros mais altos para apostar na dívida dos países da Zona Euro. As "yields" das obrigações soberanas dos países da periferia da Zona Euro foram reflexo disso. No caso português, a taxa de juro subiu quase 10 pontos-base para os 2,949%, uma tendência que foi seguida em todos os outros prazos. Na Grécia, os juros dispararam mais de 100 pontos-base nas maturidades mais curtas.

 

Euribor inalterada depois de mínimos históricos

 

Após ter tocado num novo mínimo histórico nos -0,014% esta quarta-feira, a Euribor a três meses manteve-se inalterada nos -0,013%. A taxa a seis meses, principal indexante utilizado em Portugal no crédito à habitação, subiu para 0,050% face aos 0,049% fixados na quinta-feira. A nove meses, a Euribor também subiu para 0,100%. Já no prazo a doze meses, a Euribor caiu para 0,161%.

 

Dólar sobe após dados do emprego nos EUA

 

O dólar voltou aos ganhos face à moeda única europeia, depois de o Departamento do Trabalho dos Estados Unidos ter anunciado que a criação de postos de trabalho aumentou em Maio, o que intensificou a expectativa de que a Reserva Federal possa subir a taxa de juro ainda este ano. Por outro lado, o euro foi penalizado pelos receios dos investidores em torno da Grécia. O euro segue a descer 1,13% para os 1,1111 dólares.

 

Petróleo cai em dia de reunião da OPEP

 

Como era antecipado pelo mercado, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) decidiu manter as suas quotas de produção. Os preços do petróleo negociaram em alta durante grande parte da sessão, mas depois inverteram a tendência, seguindo agora a desvalorizar. Em Nova Iorque, o West Texas Intermediate (WTI) cede 0,17% para 57,90 dólares por barril, preparando-se para a primeira queda semanal desde Março. Já em Londres, o Brent do Mar do Norte, que serve de referência às importações portugueses, recua 0,29% para os 61,85 dólares por barril.

 

Ouro cai para mínimos de quase um ano

 

O anúncio de que a economia norte-americana criou, em Maio, mais postos de trabalho do que era esperado, levou o ouro a descer para o valor mais baixo em onze meses. Este indicador aumentou a expectativa de uma subida do preço do dinheiro na maior economia do mundo e levou à subida do dólar, diminuindo a atractividade da aposta nas matérias-primas cotadas na moeda americana. O metal amarelo cede 0,68% para os 1.168,88 dólares por onça.

 

Destaques do dia

 

Dijsselbloem alerta que adiar o pagamento ao FMI não reduz problemas da Grécia. O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, em declarações a uma estação de televisão holandesa, aponta que o facto de a Grécia ter adiado o pagamento ao FMI, "uma opção que já tinha sido oferecida anteriormente", não vai fazer diminuir os problemas da Grécia.

 

OPEP decide manter inalterada a produção de petróleo. A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) decidiu manter a produção no nível actual, declarou o ministro da Arábia Saudita. O preço do crude estava a subir nos mercados internacionais e inverteu a tendência após ser conhecida esta decisão.

 

Pires de Lima remete novidades sobre a TAP para o fim do dia. O ministro da Economia disse esta sexta-feira no Porto que o governo "está à espera da entrega das propostas" de privatização da transportadora aérea.

 

Passos Coelho nega corte de 600 milhões nas pensões. Não há nenhum corte nas pensões, há apenas o objectivo de gerar um impacto positivo de 600 milhões de euros na Segurança Social, esclareceu esta manhã Passos Coelho. Portanto, não se pode concluir que o Governo queira cortar 600 milhões de euros nas pensões. "Isso não existe!".

 

Autoridade da Concorrência acusa 15 bancos de "cartel". A Autoridade da Concorrência avançou com uma acusação contra 15 bancos "por suspeita de prática anti-concorrencial". O regulador já notificou as instituições. Em causa está a troca de "informações comerciais sensíveis".

 

PS faz corte geral na TSU e ataca 'erros básicos' dos críticos. O PS avança com a redução das contribuições suportadas por trabalhadores e empresas como medida central da sua estratégia económica. Os peritos reforçam as garantias de sustentabilidade orçamental e vantagens de utilização da TSU.

 

O que vai acontecer segunda-feira

 

INE. Índice de volume de negócios, emprego, remunerações e horas trabalhadas na indústria, relativo a Abril.

 

INE. Índice de custos de construção de habitação nova e índice de preços de manutenção e reparação regular da habitação, relativo a Abril.

 

Banco de Portugal. Boletim Económico

 

Alemanha. Balança comercial, relativa a Abril.

 

G7. Conclusão do encontro de dois dias dos líderes dos países do G7 na Baviera, Alemanha

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