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A semana em oito gráficos: Powell dá alento às bolsas. Dólar e "yields" penalizados
Numa semana marcada por sinais crescentes de alívio da política monetária tanto do Banco Central Europeu, como da Reserva Federal, os principais índices acionistas ganharam força. Em sentido negativo, o dólar e as “yields” das dívidas soberanas foram pressionadas.
IBEX com melhor semana desde abril
A melhor semana do IBEX desde abril, ao subir 3%, levou o acumulado de agosto ao verde. A impulsionar o momento positivo do índice madrileno estiveram a Inditex e a Iberdrola que voltaram na passada sexta-feira a alcançar máximos históricos ao ganharem mais de 2%.
PSI oscila, mas semana é positiva
As três sessões de perdas do principal índice nacional não foram suficientes para abalar os dois dias de ganhos perto de 1%. A valorização semanal, embora contida, de 0,63%, deu ao PSI a segunda semana de ganhos, depois de ter pulado mais de 1,5% no período anterior.
Recompra de ações dá gás aos CTT
A subida dos Correios na semana, de 2,49%, levou a empresa a máximos de julho. No entanto, continua a assinalar uma desvalorização de 8% face a meados desse mês. O BCP terminou a última sessão da semana em máximos de maio de 2016, o que lhe valeu um saldo positivo.
JD Sports brilha com resultados
A retalhista britânica, com presença em Portugal, divulgou um crescimento de 2,4% das vendas no segundo trimestre e teve o melhor dia desde finais de março ao pular quase 11% na quinta-feira. Apesar das contas positivas, manteve inalterado o “guidance” para 2024 e 2025.
Contas da Target acima do esperado
A retalhista norte-americana ganhou balanço esta semana, marcada pela apresentação de resultados do segundo trimestre. As receitas e os lucros acima do esperado pelos analistas, bem como uma revisão em alta do “guidance” proporcionaram fortes ganhos em bolsa.
Dados económicos, atas da Fed e Powell pressionam dólar
O dólar foi a divisa mais penalizada numa semana marcada por dados económicos, em particular relativos ao emprego, atas da Reserva Federal e um discurso do presidente Jerome Powell: fatores que dão crescente força a um cenário de corte de juros em setembro pelo banco central.
“Rally” do ouro perde brilho
O “rally” do ouro arrefeceu, mesmo com o metal a alcançar máximos históricos. O Brent também foi penalizado, com a maior entrada de crude no mercado a embater com um cenário de menor procura mundial. No entanto, o prémio de risco relacionado com o Médio Oriente limitou as perdas.
Sinais de cortes de juros aliviam “yields”
As perspetivas de um corte de juros tanto nos Estados Unidos, como na Europa, levaram a um alívio generalizado das “yields” da dívida soberana dos dois lados do Atlântico. A rendibilidade da dívida portuguesa a dez anos, maturidade de referência, acompanhou a tendência dos pares europeus.