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Alemanha diz que está empenhada em encontrar uma resolução para a crise grega
O Ministério das Finanças alemão afirmou hoje que está empenhado em encontrar uma resolução para a crise grega, rejeitando as informações de que Berlim estaria a preparar medidas para aplicar em caso de incumprimento de Atenas.
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"Estamos a concentrar os nossos esforços para a resolução da crise grega no âmbito do programa actual", afirmou, em declarações à agência francesa AFP, um porta-voz do ministério, qualificando como "infundadas" as informações avançadas pelo semanário alemão Der Spiegel segundo as quais Berlim estaria a preparar um plano para os países da zona euro em situação de incumprimento.
Na sua edição de hoje, a publicação, que não identifica fontes, afirmou que o Ministério das Finanças alemão está a trabalhar num "mecanismo" que irá garantir a reestruturação da dívida de um país em situação de incumprimento e assegurar a permanência desse mesmo país na zona euro.
Ao mesmo tempo, o ministro das Finanças alemão, o conservador Wolfgang Schauble, deseja limitar as ajudas financeiras "de forma a evitar que os países cujas finanças estão de boa saúde sejam colocados sob pressão por um país que precisa de dinheiro", escreveu o Der Spiegel.
Uma delegação do governo grego desloca-se hoje a Bruxelas para apresentar uma contraproposta aos credores internacionais com vista a um acordo sobre o financiamento do país.
Fonte do governo helénico, citada na sexta-feira pela agência AFP, afirmou que as duas partes "estão cada vez mais perto de alcançar um acordo" e referiu que o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, e o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, discutiram, na sexta-feira, ao telefone "os próximos passos da negociação".
Após um fim de semana de tensão, a Grécia retomou na terça-feira as negociações com os credores europeus e do Fundo Monetário Internacional (FMI), que na quinta-feira anunciou a sua retirada da equipa técnica das negociações.
A Grécia enfrenta problemas de liquidez e vai ter de pagar perto de 1,6 mil milhões de euros ao FMI a 30 de Junho.