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S&P baixa rating dos quatro maiores bancos gregos
A agência de notação norte-americana reduziu a classificação dos quatro maiores bancos gregos, justificando a descida com o risco de a Grécia entrar em “default”. A S&P realça ainda que a liquidez destes bancos continua a deteriorar-se.
A Standard & Poor’s (S&P) voltou a baixar o "rating" dos quatro maiores bancos gregos, o Alpha Bank, o Piraeus Bank, o National Bank e o Eurobank Ergasias. Com a descida da classificação destes bancos de "CCC+" para "CCC", as quatro instituições caem para o oitavo nível considerado "lixo".
A S&P explicou esta descida com o crescente risco de entrada em incumprimento da Grécia. Risco resultante do prolongado impasse nas conversações com as instituições credoras.
A agência norte-americana nota ainda que a liquidez dos bancos gregos continua a deteriorar-se perante os levantamentos de depósitos que se intensificaram a partir de Dezembro último, aquando na antecipação das eleições legislativas que o Syriza viria a vencer já a 25 de Janeiro deste ano.
A escassez financeira dos bancos gregos tem obrigado ao crescente recurso à linha de emergência (ELA, na sigla em inglês) do banco Central Europeu (BCE) destinada à banca helénica, nota a S&P que refere ainda a retirada de observação negativa destes "ratings" decretada a 30 de Janeiro de 2015.
No entanto, a S&P explica que a perspectiva destes bancos permanece negativa devido à eventual de uma, ou ambas, possibilidades futuras: por um lado reflecte a hipótese de nova descida caso a agência vislumbre alguma possibilidade de o Executivo helénico adoptar uma política de controlo de capitais no sentido de estancar os levantamentos de depósitos; por outro lado, antecipa ainda a possibilidade de as autoridades europeias interromperem o apoio aos bancos gregos. Ao longo dos últimos meses, o BCE já aumentou por diversas vezes o limite máximo do programa ELA destinado à banca grega.
Esta decisão da S&P acontece depois de na passada quarta-feira, esta agência já ter baixado o "rating" da Grécia, também de "CCC+" para "CCC", justificando a decisão com os riscos de incumprimento inerentes ao adiamento do pagamento de cerca de 311 milhões de euros agendados para o último dia 5 de Junho.
Confrontadas com a não chegada a acordo com o grupo de Bruxelas e a não libertação dos 7,2 mil milhões de euros previstos no programa de assistência grego ainda em curso até ao final deste mês, as autoridades gregas solicitaram o pagamento conjunto de todos os reembolsos previstos ao FMI ao longo do presente mês de Junho, que totalizam quase 1,6 mil milhões de euros.
Por fim, esta agência afirma ainda a classificação "C" para o risco de crédito de contraparte e dívida subordinada dos quatro bancos já referidos, cuja perspectiva é, portanto, negativa.
(Notícia actualizada às 19h05)
