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Bruxelas convoca cimeira extraordinária de ministros do Interior para 22 de Setembro

O Luxemburgo decidiu responder aos apelos da Alemanha e da Áustria convocando uma cimeira extraordinária para o próximo dia 22 de Setembro. A decisão foi justificada com a necessidade de adopção de "um mecanismo provisório" para a distribuição de cerca de 120 mil refugiados.

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15 de Setembro de 2015 às 19:59
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Os ministros do Interior dos 28 Estados-membros da União Europeia (UE) voltarão a reunir-se já no dia 22 de Setembro, terça-feira da próxima semana. A cimeira extraordinária foi convocada esta terça-feira, 15 de Setembro, pela presidência semestral que neste momento cabe ao Luxemburgo.

 

Depois de o encontro da passada segunda-feira, que juntou os ministros do Interior e da Justiça da União, se ter revelado infrutífero, com os responsáveis europeus a não serem capazes de chegar a acordo para o acolhimento de cerca de 120 mil refugiados que permanecem em países como Itália, Grécia e Hungria, a Alemanha e a Áustria defenderam hoje a necessidade de uma nova reunião, já na próxima semana, a fim de discutir o problema relacionado com a crise de refugiados.

 

Na convocatória assinada pelo ministro luxemburguês dos Assuntos Externos, Europeus, da Imigração e Asilo, Jean Asselborn (na foto), sublinha ser necessário adoptar "uma decisão sobre um mecanismo provisório" que assegure a distribuição dos mais de 120 mil refugiados. Na segunda-feira, a cimeira europeia serviu somente para reiterar a aprovação da já anteriormente anunciada recolocação de 40 mil refugiados, tendo então ficado adiada uma decisão oficial sobre a proposta de acolhimento de cerca de 120 refugiados para o dia 8 de Outubro.

Ainda na sexta-feira da semana passada, possivelmente antecipando dificuldades nas conversações dos vários governos europeus, o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, avisava que convocaria um Conselho Europeu extraordinário para debater a crise de refugiados caso não se verificassem "sinais de solidariedade e união" após a cimeira de ontem.

 

No final daquela cimeira, apesar de Frans Timmermans, primeiro vice-presidente da Comissão Europeia, ter afirmado ser crucial "começar a agir com solidariedade e responsabilidade", os representantes dos países-membros da UE limitaram-se a assumir o "compromisso" de manter conversações no sentido de assegurar um acordo que permita cumprir a proposta da Comissão que asseguraram continuar a servir como "base de trabalho". 

A crise migratória e de refugiados continua a provocar divisões no seio da UE. A Hungria declarou esta terça-feira o estado de emergência para assim impedir a entrada de migrantes no seu território, isto depois de já ter concluído a construção de um muro de betão e arame farpado ao longo da fronteira com a Sérvia.

Já a Áustria, anunciou que à meia noite de hoje irá restabelecer as medidas antes adoptadas de controlo fronteiriço. Por sua vez, a Eslováquia solicitara também esta terça-feira a realização de uma cimeira europeia extraordinária, mas para rejeitar as quotas obrigatórias para o acolhimento de refugiados proposta pela instituição europeia presidida por Jean-Claude Juncker.  

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