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Alemanha e Áustria apoiam Bruxelas e querem sanções para países que não alojem refugiados
Os países que se recusem a acolher a sua quota de refugiados deverão sofrer reduções nas transferências previstas de fundos estruturais do Orçamento comunitário.
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Berlim e Viena sugerem que os países que se recusem a acolher a sua quota de refugiados sofram reduções nas transferências previstas de fundos estruturais do Orçamento comunitário, na linha do sugerido pela Comissão Europeia.
"Acho justo que recebam menos fundos", disse Thomas de Maizière, ministro alemão do Interior, em entrevista à ZDF, argumentando que países que não aceitam repartição de refugiados "são frequentemente dos que recebem muito em fundos estruturais". "Devemos falar de formas de pressão", acrescentou.
A ideia de impor sanções económicas a quem recusa receber a sua quota de refugiados – como tem sido a posição da Hungria, Eslováquia e República Checa, foi avançada pelo presidente da Comissão Europeia na semana passada. Falando em Estrasburgo, perante o Parlamento Europeu, Jean-Claude Juncker disse que essa é uma via que não lhe agrada, mas que tem de ser abordada em face da obrigação dos Estados europeus de receberem requerentes de asilo.
Essa posição foi também defendida pelo chanceler austríaco Werner Faymann. "Devemos tentar impor o sistema [de quotas] através de maioria qualificada. Mas devemos também pensar em sanções, através das quais, por exemplo, cortaríamos verbas dos fundos estruturais", disse, em entrevista à revista alemã Der Spiegel.
Os ministros do Interior e da Justiça da UE não chegaram ontem, 14 de Setembro, a acordo sobre a proposta apresentada pela Comissão para a recolocação de 120 mil refugiados, tendo apenas acordado a distribuição de 40 mil.