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Berlim e Viena querem cimeira europeia sobre crise dos refugiados na próxima semana

Em conferência conjunta, os chanceleres da Alemanha e da Áustria defenderam ser necessário realizar, já na próxima semana, uma cimeira europeia extraordinária sobre a crise de refugiados que afecta, em especial, os países da Europa Central.

Angela Merkel é a Mais Poderosa 2015
A famosa pergunta que terá sido feita por Kissinger passou a ter resposta inequívoca. É a Angela Merkel que se telefona quando se precisa de resolver um problema na Zona Euro, na Europa, e até além dela. O seu poder é mais visível nos momentos difíceis. E é por isso que  regressa ao pódio em 2015. Foi ela que teve na mão a chave de soluções, embora precárias, para dilemas globais: a guerra na Ucrânia, a crise grega e o drama humano dos refugiados e imigrantes.
15 de Setembro de 2015 às 14:33
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A chanceler alemã, Angela Merkel, e o seu homólogo austríaco, Werner Faymann, sustentaram esta terça-feira, 15 de Setembro, ser crucial a realização de uma cimeira europeia extraordinária na próxima semana para discutir o problema relacionado com a crise de refugiados. 

 

É esta a resposta dos líderes de dois dos países mais afectados pelas crises migratórias que têm assolado a Europa nos últimos meses, que na passada segunda-feira viram culminar, sem nenhum acordo, o encontro que reuniu os ministros do Interior e da Justiça da UE. Não houve acordo sobre as quotas relativas ao acolhimento de 120 mil refugiados que permanecem em campos de refugiados na Itália e na Grécia. Um eventual acordo ficou adiado para o próximo dia 8 de Outubro. Os 28 Estados-membros reiteraram, somente, o acordo já anunciado relativo à redistribuição de 40 mil refugiados. 

 

Numa conferência de imprensa conjunta hoje realizada em Berlim, Angela Merkel garantiu que a Alemanha, a Áustria e a Suécia não podem lidar com a torrente de refugiados e migrantes que todos os dias acedem ao território daqueles países. Esta terça-feira, a agência Frontex, responsável pelo controlo das fronteiras externas europeias, reportava que nos primeiros oito meses de 2015 chegaram às várias fronteiras europeias mais de meio milhão de migrantes, especialmente através do Mediterrâneo e da rota dos Balcãs.

"Não podemos, simplesmente, enterrar a cabeça na areia", proclamou ainda Werner Faymann numa clara alusão à posição de alguns estados que impediram um acordo na cimeira de ontem.

 

Já a governante germânica defendeu que fazer "ameaças não é o caminho correcto para chegar a um acordo" ao nível europeu, no que pareceu constituir um ligeiro recuo face às declarações em que o seu ministro do Interior, Steffen Seibert, defendeu a aplicação de penalizações económicas aos Estados-membros que se recusem a acolher refugiados.

 

"Nós podemos resolver esta crise e vamos fazê-lo mas somente a um nível comum", prosseguiu Merkel citada pelo Guardian. Merkel defendeu também as medidas de controlo fronteiriço adoptadas quer pela Alemanha, quer pela Áustria, durante o último fim-de-semana explicando que o objectivo foi o de facilitar o registo dos refugiados.

 

A ideia de uma cimeira europeia, tal como hoje proposta pelos dois chanceleres referidos, aproxima-se daquilo que o polaco Donald Tsuk já havia defendido na sexta-feira da semana passada. O presidente do Conselho Europeu referia que se a cimeira de ontem não permitisse alcançar "sinais de solidariedade e união", o que, aparentemente, acabou mesmo por não acontecer, então ele mesmo iria proceder à convocatória de um Conselho Europeu extraordinário para tratar a crise dos refugiados.

 

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