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Fabricantes automóveis na Alemanha vêem oportunidades na integração de refugiados

A Daimler e a Volkswagen vêem com bons olhos a chegada de refugiados à Alemanha e acreditam que podem integrar um grande número nas suas fábricas. Dieter Zetsche, administrador executivo da Daimler, diz mesmo que podem contribuir para um grande crescimento económico.

Mercedes-Benz Concept GLC Coupe
Bloomberg
15 de Setembro de 2015 às 10:36
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O administrador executivo da Daimler AG, Dieter Zetsche, afirmou na passada segunda-feira, dia 14 de Setembro, no evento anual Frankfurt International Motor Show que o fluxo de mais de 800 mil refugiados em direcção à Alemanha vai dar ao país as bases para um crescimento económico semelhante à década de 1950 e 1960.

 

O administrador da empresa que detém a Mercedes disse na exposição automóvel de Frankfurt, que "apesar de nem todos os que chegam à Alemanha serem brilhantes engenheiros, mecânicos ou empreendedores, muitos têm capacidades e motivação, já que deixaram tudo para trás para trabalhar num novo país".

 

"Idealmente, isto pode ajudar a florescer um milagre económico", disse Dieter Zetsche, citado pela Bloomberg, comparando com o crescimento registado na Alemanha depois da Segunda Guerra Mundial, que ajudou o país a tornar-se na maior economia da Europa. Dieter Zetsche disse ainda que a Daimler se propõe a apoiar refugiados oferecendo casas e donativos dos seus trabalhadores.

 

Também a Volkswagen afirmou, através do administrador executivo, Martin Winterkorn, que a empresa vai ter postos de trabalho para emigrantes. "Muita gente qualificada está a chegar", disse Martin Winterkorn. "É uma oportunidade para aproveitar as pessoas altamente especializadas e dar-lhes trabalho nas nossas fábricas. É o nosso contributo para acabar com esta crise de refugiados".

 

A Alemanha tem registado um grande número de refugiados a atravessar as suas fronteiras nos últimos meses e, por causa disso, o governo reinstalou temporariamente o controlo fronteiriço na fronteira a sul com a Áustria. A Alemanha tem acolhido mais pessoas que qualquer outro país europeu.

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