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Novo ministro britânico das Finanças admite redução mais lenta do défice

Hammond diz que o balanço das contas do país será feito como habitual no Outono. Esta quinta-feira falará com o governador do banco central que, espera-se, vai anunciar o primeiro corte de juros em mais de sete anos para fazer face aos efeitos do Brexit.

Philip Hammond, ministro dos Negócios Estrangeiros
Reuters
14 de Julho de 2016 às 07:37
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O recém-empossado ministro das Finanças do Reino Unido admite a possibilidade de uma redução mais lenta do défice orçamental do país (na casa dos 4% do PIB) perante os desafios económicos colocados pela saída da União Europeia.

Numa entrevista à BBC Radio esta quinta-feira, 14 de Julho, Philip Hammond considerou que as medidas tomadas em 2010 para correcção do défice eram as correctas naquele momento, mas que agora a quinta maior economia do mundo está a "entrar numa nova fase da sua história com a decisão de deixar a União Europeia".

"É claro que teremos de reduzir ainda mais o défice, mas vendo como, quando e a que ritmo o faremos e de que forma medimos o nosso progresso é algo que agora temos de levar em conta, à luz das novas circunstâncias que a economia enfrenta".

As metas do anterior ministro, George Osborne, apontavam para que o Reino Unido atingisse um excedente orçamental em 2020.

Hammond disse ainda estar convencido de que não será preciso um orçamento de emergência para o país no seguimento do Brexit, que vai acompanhar a evolução da situação financeira do país durante o Verão, como tem sido prática corrente e que fará tudo o que for necessário para evitar os efeitos negativos do Brexit na economia.

"Há muito trabalho a fazer. (…) A primeira-ministra tornou claro que faremos um ponto de situação no Outono como habitual e que acompanharemos cuidadosamente a situação durante o Verão", afirmou o responsável em entrevista à cadeia de televisão Sky News.

Numa manhã marcada por declarações a vários canais de televisão e rádio britânicos, o novo ministro garantiu ainda que o Governo fará tudo o que for necessário para garantir a estabilidade da economia.

"Os mercados precisam de sinais de segurança, precisam de saber que faremos o que for necessário para manter a economia em andamento", afirmou à ITV.

Hammond anunciou ainda que falará esta manhã com o governador do Banco de Inglaterra, Mark Carney para um ponto de situação. Um contacto que acontece no mesmo dia em que a autoridade monetária do Reino Unido deverá anunciar um corte nas taxas de juro de referência pela primeira vez em mais de sete anos, em resposta aos constrangimentos colocados pela decisão de saída da União Europeia.


O governante disse ainda, em declarações à BBC, que Carney está a fazer um "excelente trabalho" e que porá em breve em prática com o líder do banco central um plano de combate aos efeitos do Brexit na economia britânica.

Philip Hammond tomou esta quarta-feira posse como ministro das Finanças do Reino Unido, sucedendo a George Osborne, depois de Theresa May ter tomado o lugar de David Cameron à frente do Governo britânico. 

(Notícia actualizada às 8:27 com mais informação)

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