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Theresa May: Prioridade não serão os poderosos, ricos ou privilegiados

Theresa May aceitou o pedido de rainha Isabel II para ser primeira-ministra. E no primeiro discurso à nação apelou à união do Reino, e prometeu combater as injustiças sociais.

Theresa May com a rainha, em Dezembro, após substituir David Cameron à frente do Executivo
Reuters
13 de Julho de 2016 às 18:27
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Unir o Reino é a sua principal missão. Já o tinha dito antes de ser primeira-ministra. Reforça no seu primeiro discurso como inquilina do número 10 de Downing Street, no qual ocupa o lugar deixado por David Cameron. "Aceitei o pedido da rainha II para ser primeira-ministra", declarou no início do seu primeiro discurso. 

Num único dia, David Cameron fez o seu último debate parlamentar como primeiro-ministro, reuniu-se com a rainha Isabel II a quem apresentou a sua demissão, que a aceitou de imediato. E em poucos minutos recebeu Theresa May a quem convidou para ser primeira-ministra e empossou-a. Depois de sair do Palácio de Buckingham, Theresa May foi para "casa". E fez o seu primeiro discurso à nação. Não muito diferente da linha que tem seguido desde que se candidatou ao cargo de líder do Partido Conservador, mas agora com o peso de ser a nova primeira-ministra.

Theresa May assume o compromisso de unir o país, reforçando os laços que os mantém unido. Uma mensagem depois da Escócia e Irlanda do Norte terem votado pela permanência do Reino na União Europeia, ao contrário da votação global, o que levantou as hipóteses independentistas destes súbditos de Sua Majestade.

Mas mais do que a união do país, Theresa May quis deixar claro, como tinha já feito esta semana, que está no cargo de primeira-ministra para combater as injustiças e melhorar as hipóteses de quem está, na sociedade, em desvantagem.

Ao lado do marido, que trabalha num fundo de investimento (Capital Group), Theresa May garantiu que a sua prioridade não são os poderosos, os ricos ou os privilegiados, mas os trabalhadores. Garantiu que não será conduzida pelo interesse dos privilegiados, "mas pelo vosso [interesse]", prometendo trabalhar para garantir que a normal classe trabalhadora terá "maior controlo sobre as vossas vidas", e lutar contra a injustiça. "A missão do Governo que lidero é ser um país que funciona para toda a gente". E dirigindo-se directamente à classe trabalhadora, foi dizendo saber como a vida é difícil, mais do que "muita gente em Westminster [parlamento] pensa". E explicou: muitas têm trabalho, mas não têm segurança; têm casa, mas lutam para pagar o empréstimo; trabalham para conseguir pôr os filhos em boas escolas. E gerem a vida. "A vida é uma luta".

"Nas grandes causas não pensaremos nos poderosos" nem na proposta de leis, nos impostos não olhará para os ricos, "mas para vocês". E voltou a afirmar: não dará vantagem aos privilegiados. 

O Reino Unido "vive um momento importante". "Somos o Reino Unido e estaremos à altura do desafio. Ao sair da União Europeia, tudo fará para dar um novo papel de relevo internacional ao país. E concluiu com nova mensagem de justiça social: "Faremos um país não para os privilegiados mas para todos nós. É a missão do governo que liderarei e construíremos uma melhor Grã-Bretanha".

Terminou o discurso e ainda houve momento para mais fotografias, não tendo acedido ao pedido dos fotógrafos para beijar o marido que esta quarta-feira, 13 de Julho, esteve sob fogo cruzado na imprensa britânica depois do The Independent ter noticiado que Philip John May é um alto quadro de um fundo de investimento que lucra à custa de empresas que fogem aos impostos, como a Amazon e a Starbucks. Philip é quadro do Capital Group, que gere activos de 1,4 biliões de dólares.

(Notícia actualizada com mais declarações do discurso)

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