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Banco de Inglaterra mantém taxa de juro em 0,5%

Quando passam mais de sete anos desde que reviu pela última vez a taxa de juro de referência, o banco central britânico decidiu manter a sua política inalterada. A resposta ao Brexit não surgiu nesta reunião, mas os responsáveis apontaram já para o próximo mês.

Bloomberg
14 de Julho de 2016 às 12:13
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O Banco de Inglaterra concluiu esta quinta-feira, 14 de Julho, mais uma reunião de política monetária. Apesar de ser a primeira desde a vitória do Brexit, o Comité de Política Monetária manteve a taxa de juro de referência em 0,5%. Contrariou, assim, a expectativa da maioria dos economistas que apontavam para um corte, mas assinalou que Agosto deverá ser marcado por novos estímulos à economia.

"O Comité de Política Monetária votou por uma maioria de 8-1 manter a taxa de juro de referência em 0,5%, com um membro a votar a favor de um corte da taxa para 0,25%", revelou o Banco de Inglaterra esta quinta-feira. Além disso, os responsáveis votaram unanimemente em manter as compras de activos nos níveis definidos desde 2012.

Com esta decisão, o banco central britânico contrariou a expectativa da maioria dos economistas. Num inquérito da Bloomberg a 54 especialistas, 30 antecipavam um corte da taxa de juro para 0,25%. Os bancos de investimento estavam divididos na análise, sendo que o Goldman Sachs, por exemplo, antecipava a redução dos juros e o relançamento das compras de activos apenas para a reunião de Agosto.

"Na ausência de uma maior deterioração na relação sustentável entre o apoio ao crescimento e o regresso da inflação para o objectivo [de 2%], a maioria dos membros do Comité prevê que a política monetária será flexibilizada em Agosto", revela o comunicado divulgado pelo Banco de Inglaterra. Mas salienta que "a dimensão e natureza precisas de quaisquer medidas de estímulos apenas serão decididas durante a ronda de previsões de Agosto".

Os responsáveis do Banco de Inglaterra salientam que, apesar da brusca reacção dos mercados, o impacto foi contido pelas medidas de prevenção. Mas no que toca à economia, "há sinais preliminares de que o resultado [do referendo] afectou a confiança das famílias e das empresas". E o comunicado diz mesmo que há já investimentos a serem adiados, recrutamentos a serem cancelados e um abrandamento da actividade económica prevista.

"O Comité de Política Monetária está comprometido a tomar qualquer decisão que seja necessária para apoiar o crescimento e o regresso da inflação para o objectivo", avança ainda o documento. Nesse sentido, os responsáveis reforçaram a indicação para a reunião de Agosto e acrescentaram que quaisquer medidas de estímulo dependerão das novas previsões do banco central.


(Notícia actualiza às 12:41, com mais informação)

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