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Ministros do Interior aprovam relocalização de mais 120 mil refugiados

Na anterior cimeira, a 10 de Setembro, os ministros acordaram apenas o acolhimento de 40 mil refugiados, adiando a decisão sobre a proposta de acolhimento dos restantes 120 refugiados que chegaram a Itália, Grécia e Hungria.

Reuters
22 de Setembro de 2015 às 17:09
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Depois de terem falhado uma resolução comum na última reunião a 10 de Setembro, os ministros do Interior dos 28 Estados-membros da União Europeia (UE) reuniram-se esta terça-feira, dia 22 de Setembro e aprovaram um plano de relocalização dos 120 mil refugiados. 


O anúncio da decisão foi feito através da conta oficial do Twitter dos representantes de Luxemburgo na União Europeia e posteriormente partilhada pela conta oficial da Comissão Europeia, na mesma rede social.

Com esta nova decisão serão 160 mil o total de refugiados que serão relocalizados durante os próximos dois anos. A Comissão Europeia irá organizar-se e coordenar o plano de distribuição e acção com as restantes agências europeias e os Estados-membros.

Num comunicado da Comissão Europeia pode ler-se que é agora expectável que seja dada continuidade às outras medidas propostas pela Comissão, incluindo a listagem dos países seguros e uma reforma à lei de Dublin na próxima cimeira de Justiça e Assuntos Internos, no dia 8 de Outubro.

Paralelamente, a Comissão Europeia destaca a necessidade de agir sobre a origem da crise de refugiados. Na semana passada, o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, agendou um encontro extraordinário para esta quarta-feira, 23 de Setembro, com os líderes governamentais dos 28 Estados-membros.


A Comissão Europeia também sublinhou que irá continuar a colaborar com o Parlamento Europeu, assim como com os 28 Estados-membros e países terceiros, como a Sérvia e a Turquia. 


À chegada a Bruxelas, os ministros do Interior mostraram-se empenhados numa solução e em "filtrar" os migrantes económicos que se candidatam ao estatuto de refugiado.

"Precisamos de enviar de volta os que são migrantes económicos e que não tem o direito de estar aqui [na União Europeia] e registar as impressões digitais e ajudar quem fica", afirmou Theresa May, ministra do Interior e e ministra da Condição Feminina e da Igualdade do Reino Unido.

Ainda antes do início da reunião, durante um encontro sobre o orçamento europeu, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, afirmou que "não há Europa suficiente nesta União". "Precisamos de um investimento para a crise dos migrantes. Temos visto países a fecharem as fronteiras e alguns a fecharem as casas, fechar as fronteiras não é a solução. Um muro não irá parar quem fez viagens de quilómetros, por terra e por barco", alertou. 


Na conclusão da sua intervenção, o presidente da Comissão Europeia recorreu à semântica. "Solidariedade é uma palavra fácil de pronunciar, mas é vazia se não for acompanhada por acções", sublinhou.

"Se querem ajudar os refugiados, precisam de colocar o dinheiro onde está a vossa boca", afirmou o presidente da Comissão Europeia, defendendo o investimento de parte do orçamento europeu na resolução da crise migratória e apelando que se passasse à acção.

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