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Juncker propõe mais apoio financeiro para resolver crise dos refugiados

Antes do início da cimeira de líderes europeus para debater a crise dos fluxos migratórios, o presidente da Comissão Europeia esteve reunido com o presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, e apresentaram um pacote de propostas.

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23 de Setembro de 2015 às 16:23
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Juncker começou por falar da reunião dos ministros do Interior desta terça-feira, 22 de Setembro, que aprovou a relocalização de 120 mil refugiados. A decisão dos 28 foi aprovada por maioria, mas não com unanimidade. "Gostaria que a decisão tivesse tido consenso, mas isso não foi possível e os presidentes do Conselho, que eu aplaudo, tomaram a decisão de seguir com a proposta da Comissão para a votação, cujo resultado é o que já conhecem". "Estou muito grato ao Parlamento, e ao seu presidente, por concordarem com a proposta da Comissão", afirmou, acrescentando que essa era uma posição importante para o seguimento do processo.

 

O presidente da Comissão Europeia afirmou que o investimento foi praticamente duplicado. "Os recursos para lidar com a crise de refugiados passaram de 4,6 mil milhões de euros para 9,5 mil milhões de euros", anunciou. Mas acrescentou que irá apresentar, em conjunto com o presidente do Parlamento Europeu, um conjunto de propostas. "Hoje iremos ainda mais longe", afirmou Juncker.

Os dois líderes defendem assim que se atribua mais 100 milhões de euros aos Estados mais afectados, 600 milhões de euros aos recursos já atribuídos às agências europeias para 2016. Para o World Fund Program, um programa de alimentação das Nações Unidas, Juncker propõe um aumento de 200 milhões de euros enquanto para a Humanitarian Aid, Juncker pede 300 milhões de euros. Além disso, a Comissão Europeia propõe criar fundos para estabilizar "os nossos vizinhos", com um fundo de mil milhões para a Turquia e 700 milhões de euros para a República da Macedónia.

 

Juncker espera que as medidas propostas sejam aprovadas, dado que "é altura de agir". A reunião extraordinária que irá reunir os líderes dos Estados-membros da União Europeia acontecerá hoje, 23 de Setembro, às 18 horas de Bruxelas, 17 horas de Lisboa.

 

Também Martin Schulz, o presidente do Parlamento Europeu, disse acreditar que "chegamos a um ponto em que temos de nos questionar para onde queremos ir com a União Europeia". "Precisamos de mais do que um resultado de uma maioria. Precisamos que os Estados-membros concordem com soluções e valores fundamentais para a redistribuição dos refugiados e o seu tratamento". Martin Schulz concordou com o presidente da Comissão Europeia e pediu "pragmatismo" e "rapidez na acção", especialmente no que diz respeito às medidas de apoio financeiro.

 

"Quando os Estados-membros agem sozinhos em vez de agirem em comunidade aquilo que vemos é estagnação", sublinhou Schulz. "Por isso é que espero que os líderes governamentais vejam para lá de nacionalismos nesta cimeira".

 

Donald Tusk, presidente do Conselho Europeu, escreveu na sua conta pessoal do Twitter que a questão mais urgente é o controlo das fronteiras exteriores dos Estados-membros. O líder europeu disse ainda que iria propor medidas a curto prazo, através de organizações não-governamentais como a World Food Program e a Agência de Refugiados das Nações Unidas. Tusk sublinhou ainda que "estamos a falar de milhões, não milhares, de pessoas a tentar chegar à Europa", alertando que os conflitos, "especialmente na Síria e Iraque não irão acabar brevemente" e que "mais refugiados irão chegar à Europa".







Já o primeiro-ministro da Hungria, um dos países que votou contra a relocalização dos 120 mil refugiados na reunião dos ministros do Interior de ontem e que mais se tem oposto à entrada dos refugiados, acusou Angela Merkel de "imperialismo moral". "Nós somos húngaros, não podemos pensar com mentes alemãs. A Hungria devia ter o direito de controlar o impacto de uma migração em massa. O povo húngaro não quer isto, e pedimos que os desejos dos húngaros sejam respeitados", afirmou Viktor Orbán, cita a Lusa. 

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