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Taxas de juro da dívida soberana recuam em toda a Zona Euro após palavras de Draghi

As taxas de juro dos países do Norte ao Sul do euro reagiram imediatamente ao anúncio do programa de compra de dívida pública e privada no valor de 60 mil milhões de euros por mês. As taxas de juro de Itália e de Espanha atingiram um mínimo histórico.

22 de Janeiro de 2015 às 14:52
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As palavras de Mario Draghi provocaram um recuo imediato nas taxas de juro da dívida soberana dos países da Zona Euro.

 

A dívida portuguesa já estava a recuar antes da decisão do BCE de manter as taxas de juro inalteradas. No entanto, no seu comunicado habitual às 12h30 a autoridade monetária anunciou que "mais medidas de política monetária" iriam ser comunicadas mais tarde por Mario Draghi.

 

Foi o suficiente para os investidores reagirem. A taxa de juro a 10 anos desceu oito pontos base entre o 12h45 e as 14h00, depois de Mario Draghi anunciar o programa de compra de dívida pública. 

 

Neste momento, a taxa de juro de referência recua 14,2 pontos base para 2,632%. A dois anos, perde 10,9 pontos para 0,270%. A cinco anos, recua 8,5 pontos para 1,567%.

 

A taxa de juro das maiores economias do Sul do euro já estavam em queda, mas as palavras de Draghi acentuaram a descida. A taxa de juro da dívida espanhola bateu um mínimo histórico, ao descer 8 pontos base para 1,450%. Em Itália, o juro perde 7,9 pontos para 1,612%. Na sessão, o juro italiano chegou a tocar nos 1,564%, um novo mínimo histórico.

 

Por seu turno, a Grécia está a registar a maior queda dos países periféricos: recua 11,7 pontos para 9,247% na dívida a 10 anos. Contudo, é nas maturidades mais curtas que a queda é mais assinalável. A três anos, perde 41 pontos para 10,676%. A cinco anos, desce 28,4 pontos para 9,827%.

 

A taxa de juro também recua nas maiores economias do euro. Antes do anúncio de Draghi estavam a valorizar, mas agora seguem em queda. Na Alemanha, o bund perde 2,4 pontos para 0,500%;em França, recua 4,4 pontos para 0,660%.

 

O mercado secundário de obrigações soberanas está assim a reagir de forma positiva ao anúncio do programa de dívida privada e pública, no valor de 60 mil milhões de euros por mês.

 

Seis anos depois do Banco de Inglaterra e da Reserva Federal norte-americana terem aprovado programas semelhantes, o Banco Central Europeu (BCE) passou finalmente das palavras às acções.

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