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Queda do preço das "commodities" pode espoletar grave crise migratória, alerta presidente do Fórum Económico Mundial

O presidente executivo do Fórum Económico Mundial, Klaus Schwab, considera que os países do hemisfério norte podem ter de enfrentar uma crise migratória capaz de “eclipsar” a crise dos refugiados.

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WEF Chairman: We Are All in the Same Boat
18 de Janeiro de 2016 às 16:17
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Com o afundar do preço das "commodities" a pressionar a economia dos países em desenvolvimento, a Europa pode enfrentar uma onda migratória capaz de ofuscar a crise dos refugiados, disse Klaus Schwab, presidente executivo do Fórum Económico Mundial, esta segunda-feira, 18 de Janeiro, citado pela Bloomberg.

"Reparem em quantos países em África, por exemplo, cujas receitas dependem das exportações de petróleo. (…) Agora imaginem mil milhões de habitantes, todos a migrar para o norte", disse Schwab, citado pela Bloomberg, numa entrevista que antecede o início do 46º evento anual da instituição em Davos, na Suíça.

"O cidadão normal é hoje esmagado pela complexidade e pela rapidez do que está a acontecer, não apenas no mundo político, mas também no campo tecnológico", considera Schwab.

"Temos de restabelecer o sentimento de que estamos todos no mesmo barco" para que face a esta complexidade a razão prevaleça e se contrarie a emergência do extremismo, acrescentou.

Schwab considera que estas questões integram aquilo a que chama o tempo das "consequências inesperadas" no qual agora vivemos, onde é mais difícil para os actores políticos compreenderem o impacto das suas acções, e que tem conduzido à "erosão da confiança sobre os decisores".

O tema deste ano do Fórum Económico Mundial de Davos é a "quarta revolução industrial".

Apesar das oportunidades que representa a inovação tecnológica, esta pode custar 20 milhões de empregos à economia nos próximos anos, diz o responsável, acrescentando que isso pode atingir negativamente a classe média, "pilar das nossas democracias".

As novas tecnologias e a economia partilhada trazem também novos desafios aos economistas, que precisam de adaptar as suas ferramentas de avaliação do bem estar. "Muitas dos nossos métodos tradicionais não funcionam mais", sustenta.

O 46º Fórum Económico Mundial em Davos dará aos líderes políticos a " primeira oportunidade, depois da turbulência vivida pelos mercados, de olhar para a situação e coordenarem-se", disse ainda.

 

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