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Inovação tecnológica custará mais de 5 milhões de empregos às principais economias

Alterações disruptivas no mercado de trabalho vão custar mais de 5 milhões de postos de trabalho até 2020 a algumas das principais economias mundiais, exceptuando a China. A projecção é de um estudo do Fórum Económico Mundial, cujo encontro anual terá lugar em Davos, na Suíça, de 20 a 23 de Janeiro.

Bloomberg
18 de Janeiro de 2016 às 13:22
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O estudo publicado esta segunda-feira pelo Fórum Económico Mundial dá conta de uma perda de 5,1 milhões de postos de trabalho até 2020 em algumas das maiores economias do mundo. A organização estima uma perda total de 7,1 milhões de postos de trabalho, atenuada pela criação de 2 milhões de novas posições.

O relatório debruça-se sobre 15 economias, que representam 65% da força de trabalho mundial, cerca de 1,86 mil milhões de trabalhadores. No total, foram inquiridas 2.450 empresas neste estudo, entre elas, as 100 maiores empregadoras globais em cada indústria em análise, e os 50 maiores empregadores em cada um dos países visados.

Entre os países analisados encontra-se a Austrália, a China, a Índia, o Japão, a França, Alemanha, a Itália, a Turquia, o Reino Unido, a África do Sul, o Brasil, o México, os EUA, assim como países membros da ASEAN (como a Malásia, a Indonésia, entre outros) e os países do Golfo, nomeadamente, a Arábia Saudita, o Kuwait, os Emirados Árabes Unidos, o Qatar, o Bahrain e Oman.

As estimativas deste estudo no que concerne a perda de 5,1 milhões de postos de trabalho não inclui a China porque os dados do país "não estão disponíveis em formato comparável".

Segundo o relatório, as mulheres deverão ser mais afectadas por estas alterações, prevendo-se a criação de um posto de trabalho por cada cinco perdidos. No caso dos homens a medida é de um novo posto de trabalho por cada três perdidos.

A impulsionar as alterações no mercado de trabalho está sobretudo o desenvolvimento tecnológico, que permite a automatização de várias funções e a redução de redundâncias; e novas formas de trabalhar mais flexíveis, como co-working e a teleconferência.

"As organizações terão provavelmente menos trabalhadores fundamentais a tempo inteiro em funções fixas, sendo apoiados por colegas em outros países e consultores externos e contratados para projectos específicos", explica o estudo.

O relatório denominado "O futuro do emprego" concluiu ainda que haverá perdas em todos os sectores, sendo que o impacto deve variar consideravelmente, com o segmento da saúde a sofrer o maior impacto, seguido do sector energético e financeiro, escreve a Reuters.

Por outro lado, aumentará a procura por trabalhadores especializados em determinadas áreas, nomeadamente analistas de dados e representantes de vendas.

O Fórum Económico Mundial de Davos este ano é dedicado à "quarta revolução industrial", tendo a tecnologia no centro do debate.

No evento estarão presentes vários líderes mundiais – como Mario Draghi, Carlos Moedas, Manuel Valls, Alexis Tsipras, Ban Ki-moon, Christine Lagarde - e figuras que a organização classifica como líderes culturais, entre eles, Bono, Leonardo Di Caprio, Peter Gabriel, Kevin Spacey e will.i.am.

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