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PS diz que sondagem a Centeno para Eurogrupo mostra que país está no "caminho certo"

A secretária-geral adjunta do PS, Ana Catarina Mendes, considera que o facto de Mário Centeno ter sido sondado para presidente do Eurogrupo é a "demonstração" de que o partido e o país estão "no caminho certo".

Ana Catarina Mendes. Pasta provável: Sem sector atribuído
08 de Abril de 2017 às 21:34
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"Para podermos dizer que as finanças estão equilibradas, merece também o reconhecimento pelo mérito de Mário Centeno [ministro das Finanças] ter sido sondado para presidente do Eurogrupo. É bem a demonstração de que estamos no caminho certo", afirmou Ana Catarina Mendes este sábado, 8 de Abril.

 

Ana Catarina Mendes quis mesmo, como a própria referiu, "confessar": "Como secretária-geral adjunta do PS, eu gostava muito de ver Mário Centeno como presidente do Eurogrupo porque sei que ajudaria também a Europa a mudar naquilo que tem sido a receita da austeridade imposta aos estados membros e em particular aos do Sul da Europa".

 

A dirigente, que falava em Vila Nova de Gaia, distrito do Porto, na quinta convenção regional autárquica do PS, referiu o nome do ministro das Finanças a propósito de um apelo que fez aos autarcas e candidatos às autárquicas de 1 de Outubro presentes na sala: "Contenção nos gastos, criatividade, rigor e transparência nas campanhas".

 

"O PS vive momentos difíceis nas suas contas internas e está a fazer tudo o que é possível para ser contido, rigoroso e transparente. Pedimos a todos que nas campanhas eleitorais sejam rigorosos, transparentes, criativos e sobretudo respeitem as regras de financiamento", disse.

 

Já à margem da sessão, questionada sobre se o PS definiu alguma percentagem de gastos nas campanhas, Ana Catarina Mendes apontou que não, mas reafirmou que "a ordem é: não é preciso gastos excessivos, é preciso rigor e criatividade e transparência".

 

Ainda no capítulo sobre as contas, na sua intervenção, Ana Catarina Mendes enumerou algumas políticas do Governo, enfatizando, por exemplo, que a "diminuição do desemprego", que segundo a mesma "chegará no final deste ano a menos de dois dígitos", é "obra dos socialistas", destacando de entre os responsáveis o nome do primeiro-ministro e secretário-geral do PS, António Costa.

 

A reunião de hoje foi a última de carácter regional antes da convenção nacional que se realiza a 6 de Maio e que servirá, entre outros temas, para aprovar a Carta Socialista Autárquica, um documento que Ana Catarina Mendes diz concentrar os pontos de vista de Norte a Sul, do Litoral ao Interior num "programa comum".

 

Os líderes do PS querem que além de contidos nas contas os candidatos tenham em atenção a importância de "falar verdade às pessoas", somando o combate à abstenção como "uma das maiores tarefas deste combate autárquico". "Falar verdade, rigor nas contas e cumprir o que se promete faz de nós políticos mais credíveis, mas fazem sobretudo da democracia ainda mais forte", sintetizou.

 

Em Gaia, Ana Catarina Mendes não esqueceu um elogio ao actual presidente da Câmara local, Eduardo Vítor Rodrigues, que em 2013 sucedeu ao PSD de Luís Filipe Menezes: "Gaia representa bem aquilo que é uma gestão desastrosa do PSD em termos de contas públicas (...). O trabalho que o Eduardo Vítor [Rodrigues] e a sua equipa têm feito tem sido extraordinário, permitindo o equilíbrio de contas e obra feita", referiu.

 

E numa tarde em que no concelho ao lado, Álvaro Almeida, candidato do PSD à Câmara do Porto, era apresentado numa sessão com a presença do líder do partido, Pedro Passos Coelho, questionada à margem sobre a opção do PS de apoiar a candidatura do independente Rui Moreira, a secretária-geral dos socialistas mostrou-se optimista e rejeitou quaisquer críticas.

 

"Relativamente ao Porto fizemos uma opção, fizemos uma avaliação do mandato do Rui Moreira como um mandato positivo e o PS terá uma forte implantação nas listas de Rui Moreira", disse.

Antes, no seu discurso, a dirigente tinha garantido que "o PS não faltará ao combate em nenhuma freguesia, em nenhum concelho", apontando como "grande objectivo continuar a ser a maior força autárquica no país" e manter as presidências da Associação Nacional de Municípios e da Associação Nacional de Freguesias.

 

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