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Costa: Centeno "seria um excelente presidente do Eurogrupo" mas "não está nas nossas prioridades"

O primeiro-ministro confirma que o Governo português foi sondado para o ministro das Finanças ser o próximo presidente do Eurogrupo.

Miguel Baltazar
Negócios 04 de Abril de 2017 às 10:07
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António Costa diz que era "prestigiante" para Portugal Mário Centeno ser o próximo presidente do Eurogrupo, mas este cenário "não está nas nossas prioridades".

 

Em entrevista à Rádio Renascença, o primeiro-ministro confirmou que o Governo português foi sondado para Mário Centeno assumir o cargo para liderar o grupo de ministros das Finanças da Zona Euro. Recusou contudo revelar por quem foi sondado, adiantando apenas que não foi pelo ministro das Finanças alemão.

 

"Não tenho dúvida que [Mário Centeno] seria um excelente presidente do Eurogrupo", afirmou António Costa, adiantando desde logo que tal "não está nas nossas prioridades".

 

O jornal Expresso noticiou este sábado que o ministro das Finanças, Mário Centeno foi sondado para assumir a presidência do Eurogrupo, adiantando que o Executivo português não estará receptivo a este cenário, uma vez que o ministro das Finanças ainda tem muitos dossiês que exigem negociações. O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, disse hoje que não vê "nenhum problema" em que o ministro das Finanças, Mário Centeno, possa presidir ao Eurogrupo.

"Só vejo razões para termos que sair" do PDE

Sobre a saída de Portugal do Procedimento dos Défices Excessivos, Costa respondeu que "estou certo que fizemos tudo o que tínhamos a fazer para que isso acontecesse", pelo que se forem cumpridas as regras, "será esse o resultado".

 

Apesar de alertar para as regras estatísticas que estão em constante mudança na União Europeia, Costa afirmou que "só vejo razões para termos que sair do Procedimento dos Défices Excessivos".

 

O primeiro-ministro repudiou o fundamentalismo financeiro do estudo do Banco Central Europeu que afirma que aumento do salário mínimo está a travar o emprego em Portugal, respondendo que "a viragem da página da austeridade não só não dificultou, como favoreceu a recuperação económica".

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