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Maria Luís Albuquerque: Mudanças pretendidas pela Grécia devem ser feitas no "contexto do programa"

A ministra das Finanças diz que, para as negociações serem retomadas, o Governo grego tem de dar o primeiro passo.

Miguel Baltazar/Negócios
16 de Fevereiro de 2015 às 20:15
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O Governo português considera que qualquer alteração que a Grécia pretenda deve ser feita no âmbito do actual programa. Mais: para as negociações serem retomadas, o Governo de Alexis Tsipras deve dar o primeiro passo, mas somente se aceitar a extensão do actual programa.

 

"A questão é que o diálogo deve ser feito num determinado enquadramento, e a posição unânime do Eurogrupo foi que o enquadramento adequado é uma extensão do programa", disse Maria Luís Albuquerque em Bruxelas esta segunda-feira, 16 de Fevereiro.

 

"Existe um programa em curso, o Governo grego diz que precisa de tempo para ter esta discussão", sublinhou a ministra após terminar a reunião dos ministros das finanças da Zona Euro.

 

Contudo, os parceiros europeus consideram que "o enquadramento adequado para que se possa levar esta discussão mais para a frente" é a extensão do actual programa de ajustamento.

 

"Houve 18 países no Eurogrupo e três instituições que unanimemente tomaram a mesma posição", declarou, sublinhando que os países do euro são unânimes na sua posição.

 

Para as discussões continuarem, a Grécia precisa de dar o primeiro passo, reforçou. "O pedido naturalmente tem que vir das autoridades gregas, porque só as autoridades gregas é que podem tomar essa decisão. Não há mais discussões sem recebermos pedido" por parte do Governo de Alexis Tsipras.

 

"Aquilo que as autoridades gregas pretendem é ter um diálogo, aparentemente, relativamente àquilo que podem ser mudanças no contexto do programa, mas cabe às autoridades gregas fazer o pedido que crie condições para que esse diálogo possa ser levado por diante".

 

O Eurogrupo poderá voltar a reunir-se na sexta-feira, mas este encontro está "dependente do pedido da Grécia" para extender o programa. "Só será convocada se efetivamente se receber o pedido das autoridades gregas e se a avaliação desse pedido for de tal forma que justifique a marcação de outra reunião esta semana", afirmou.

 

Maria Luís Albuquerque rejeitou que, em algum momento, o Eurogrupo tenha discutido a saída da Grécia do euro. "Posso-lhe garantir que no Eurogrupo essa discussão não aconteceu. Nem no Eurogrupo de quarta-feira nem nos grupos de trabalho em que participamos. Essa discussão não teve lugar".

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