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Esmagadora maioria dos espanhóis acredita que Bárcenas tem provas contra Rajoy

Uma sondagem realizada para o “El País” revela que a maioria dos eleitores espanhóis acredita que o ex-tesoureiro do PP tem provas que podem comprometer a direcção do partido, no caso de pagamentos extraordinários, sendo que Mariano Rajoy será um dos principais visados. E, por isso, acreditam que o Luis Bárcenas faz chantagem com o actual primeiro-ministro.

03 de Março de 2013 às 19:04
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O jornal espanhol diz que a postura de muitos dirigentes do PP tem sido de “quem fecha os olhos, tapa os ouvidos e encolhe os ombros à espera de uma explosão iminente”. E uma sondagem aponta para que os espanhóis pensem o mesmo.

 

79% dos espanhóis dá como certo que Bárcenas tem provas reais que podem comprometer a direcção do partido liderado por Mariano Rajoy. E 65% dos eleitores espera mesmo que este caso ainda vá “explodir”, porque acreditam que o ex-tesoureiro tem dados comprometedores. E mais do que isso, muitos acreditam que a informação detida por Bárcenas pode afectar directamente o primeiro-ministro de Espanha e os responsáveis de topo do Governo e do PP.

 

Os inquiridos consideram que a postura de Mariano Rajoy tem sido a mais questionada, seguido pela de Dolores de Cospedal, secretária-geral do PP.

 

82% dos espanhóis dá por certo que o ex-tesoureiro faz chantagem com os responsáveis do PP. E entre os eleitores do partido, esta percentagem é de 81%.

 

O caso “Bárcenas” remonta ao início de Janeiro, altura em que foi notícia que o ex-tesoureiro do partido teve até 22 milhões de euros em contas suíças e que vários dirigentes do PP teriam recebido pagamentos extraordinários. Mariano Rajoy deu ordens para se fazer uma investigação interna e uma auditoria externa às contas do partido.

 

Entretanto estalou uma nova polémica, que dava conta que Álvaro Lapuerta e Luis Bárcenas, tesoureiros entre 1990 e 2009, terão registado em cadernos as entradas de dinheiro, através de donativos de empresários, e as saídas, através de pagamentos periódicos a membros de topo do partido.

 

O “El País” chegou mesmo a publicar alguns documentos, onde constava que o próprio Mariano Rajoy terá recebido montantes extraordinários durante 11 anos.

 

O jornal espanhol dizia que “desde 1997, os documentos registaram uma mecânica periódica de pagamentos a todos os secretários-gerais e vice-presidentes do partido.

 

Rajoy surge, em 1997, com pagamentos semestrais de 2,1 milhões de pesetas, e a partir de 2002 os pagamentos terão passado a ser trimestrais, no montante de 1,05 milhões de pesetas (moeda espanhola antes do euro entrar em circulação). Estes valores correspondem a 16.600 euros semestrais ou 6.300 euros trimestrais. Ao longo dos anos, o valor foi sempre o mesmo: 25.200 euros. Os pagamentos a Mariano Rajoy terminam em 2008, segundo o mesmo jornal.

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