O presidente do Governo espanhol, Mariano Rajoy, ordenou esta manhã, durante a Comissão Executiva Nacional do PP, uma “investigação interna profunda, que será submetida e uma auditoria externa”, sublinha o “El País”.

O primeiro-ministro tomou esta decisão na sequência do “caso Bárcenas”, cinco dias depois de ter sido conhecido que o ex-tesoureiro do Partido Popular teve até 22 milhões de euros em contas suíças. Segundo o mesmo jornal, Rajoy disse também que o ministro do Orçamento, Cristóbal Montoro, informará sobre as contas de Luis Bárcenas e que o PP combaterá quem “difamar” o partido.

A secretária geral do PP, María Dolores de Cospedal, dirigirá a investigação interna, ao passo que a revisão das contas do partido será adjudicada pelo PP a uma empresa externa, refere o “Cinco Días”.

Além da notícia das contas na Suíça do ex-tesoureiro do Partido Popular, o anúncio destas auditorias surge também devido a um suposto pagamento extra a alguns dirigentes do partido, salienta o “Expansión”.

Recorde-se que Jorge Trías Sagnier, deputado do PP na legislatura de 1996-2000 e actualmente advogado em exercício, denunciou num artigo hoje publicado no “El País” a existência de “remunerações suplementares” [o chamado "dinheiro B"], de até 10.000 euros por mês, que eram distribuídas pela cúpula do partido. Ou seja, o PP entregava este complemento de salário  a alguns dirigentes através de envelopes com dinheiro. O montante de cada envelope variava em função dos cargos e das responsabilidades.