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Rajoy terá recebido 25.200 euros extraordinários por ano durante mais de uma década

Mariano Rajoy terá beneficiado do pagamento de cerca de 25 mil euros por ano, durante mais de uma década. O “El País” diz que Aznar também terá recebido pagamentos extraordinários.

31 de Janeiro de 2013 às 13:47
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O “El País” publicou esta quinta-feira documentos de uma alegada “contabilidade secreta” do PP, algo já desmentido pelo partido liderado por Mariano Rajoy, no âmbito do chamado "caso Bárcenas". Nesses documentos surgem vários nomes de topo do partido que terão recebido dinheiro, entre eles o próprio primeiro-ministro espanhol.

 

No início de Janeiro estalou a polémica, tendo sido noticiado que o ex-tesoureiro do partido teve até 22 milhões de euros em contas suíças e que vários dirigentes do PP teriam recebido pagamentos extraordinários. Mariano Rajoy deu ordens para se fazer uma investigação interna e uma auditoria externa às contas do partido.

Álvaro Lapuerta e Luis Bárcenas, tesoureiros entre 1990 e 2009, terão registado em cadernos as entradas de dinheiro, através de donativos de empresários, e as saídas, através de pagamentos periódicos a membros de topo do partido.

 

Esta quinta-feira, o “El País” revela alguns documentos, entre os quais consta que o próprio Mariano Rajoy terá recebido montantes extraordinários durante 11 anos.

 

O jornal espanhol diz que “desde 1997, os documentos registaram uma mecânica periódica de pagamentos a todos os secretários-gerais e vice-presidentes do partido.

 

Rajoy surge, em 1997, com pagamentos semestrais de 2,1 milhões de pesetas, e a partir de 2002 os pagamentos terão passado a ser trimestrais, no montante de 1,05 milhões de pesetas (moeda espanhola antes do euro entrar em circulação). Estes valores correspondem a 16.600 euros semestrais ou 6.300 euros trimestrais. Ao longo dos anos, o valor foi sempre o mesmo: 25.200 euros. Os pagamentos a Mariano Rajoy terminam em 2008, diz o jornal.

 

A auditoria interna, decretada pelo próprio Rajoy, está a cargo da secretária-geral do PP, María Dolores de Cospedal. Um dos nomes que também surge nos documentos publicados pelo jornal espanhol.

 

Além destes dois nomes, Rodrigo Rato (ex-ministro das Finanças e presidente do Bankia), Mayor Oreja (ex-ministro do governo de Aznar).

 

O próprio José Maria Aznar é apontado como potencial beneficiário. O responsável chegou à liderança do partido em 1997. Nos documentos a que o “El País” teve acesso não surge o nome completo deste responsável, mas aparecem as iniciais “J.M.”, que o jornal associa ao ex-líder espanhol.

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