Os documentos dão conta de donativos de construtores imobiliários que passaram ao lado da contabilidade regular do partido. Entre os nomes envolvidos estão Rodrigo Rato, que foi ministro das Finanças de Espanha, além de ter estado no FMI e no Bankia, Mariano Rajoy, hoje líder do PP e do governo espanhol, e também “J.M.”, que se acredita ser José Maria Aznar, antigo chefe do governo pelo PP.

O Partido já reagiu à notícia do “El País”, rejeitando que existisse a “contabilidade secreta” descrita pelo diário e garantindo que os pagamentos diziam respeito a salários e que sempre foram reportados ao Fisco.

Os documentos obtidos pelo “El País” contêm pagamentos ao PP, recibos de pagamentos com destinatário e extractos variados com movimentos bancários. A cada ano, escreve o jornal, eram colocados de lado parte dos donativos que eram depositados num banco espanhol (o Banco de Vitoria, comprado pelo Banesto em 2003).

O tema já vem marcando a actualidade em Espanha há algumas semanas. No último dia 21, Mariano Rajoy ordenou uma “investigação interna profunda, que será submetida e uma auditoria externa”, Isto cinco dias depois de ter sido conhecido que o ex-tesoureiro Luís Bárcenas teve até 22 milhões de euros em contas na Suíça.

Segundo o mesmo jornal, Rajoy disse também que o ministro do Orçamento, Cristóbal Montoro, informará sobre as contas de Luis Bárcenas e que o PP combaterá quem “difamar” o partido.