Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

CNBC: Centeno diz que fará tudo para evitar segundo resgate

Em entrevista à estação de televisão, o ministro das Finanças insiste que está comprometido com a Comissão Europeia no cumprimento das metas orçamentais e sublinha os esforços do país para "estabilizar o sector financeiro".

Miguel Baltazar
12 de Setembro de 2016 às 10:34
  • ...

O ministro das Finanças português admite que fará tudo o que for necessário para evitar um segundo resgate, segundo a cadeia televisiva norte-americana CNBC, que entrevistou Mário Centeno durante o fim-de-semana em Bratislava, à margem do encontro dos ministros das finanças da Zona Euro.

 

"Vai fazer tudo o que for necessário para evitar que Portugal tenha um segundo resgate?", perguntou a jornalista da CNBC, colocando o principal foco do político português precisamente em evitar que o país seja forçado a pedir nova assistência financeira à troika. "Essa é a minha principal tarefa. O compromisso que temos na frente orçamental e na redução da despesa pública é precisamente nessa direcção", respondeu Centeno, citado pela CNBC.
 

Mário Centeno assinalou ainda que é "apenas parcialmente verdade" que o Governo português esteja focado no consumo. Explica que há "um foco substancial na recuperação de rendimentos, especialmente para as famílias", mas garante que está também "a direccionar a sua política para as empresas e para o investimento". E afirmou-se "comprometido" com as metas estabelecidas com Bruxelas, dizendo que desde o início do ano tem estado a ajustar o Orçamento em função dessas expectativas.

 

"Temos um programa muito ambicioso que visa ajudar a recapitalizar as empresas. Estamos a fazer muitos esforços para estabilizar o nosso sector financeiro, o que é crucial para o investimento e para o crescimento da economia", assinalou o ministro, considerando "uma percepção errada" a de que o actual Governo português não está comprometido com um plano de reformas.

 

Na entrevista à CNBC, Centeno faz ainda a defesa do plano de recapitalização da Caixa Geral de Depósitos acordado com Bruxelas, que envolve "um plano de negócios muito ambicioso e uma equipa de gestão muito profissional". Parte do plano prevê a emissão de dívida com elevado grau de subordinação, a colocar junto de investidores privados, e o ministro confia que "o mercado vai entendê-la como uma operação muito ambiciosa e orientada para o mercado".

"Estamos confiantes em levantar os 500 milhões de dívida subordinada [da primeira emissão, para perfazer mil milhões] que temos de ir buscar ao mercado", acrescentou.

Ver comentários
Saber mais Mário Centeno ministro das Finanças segundo resgate CNBC Zona Euro Comissão Europeia Orçamento banca Caixa Geral de Depósitos
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio