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Debate da CGD começa com ataque a ausência de Centeno
O CDS trouxe o tema da Caixa para a comissão permanente, a primeira reunião parlamentar após as férias. Os centristas criticaram o Governo por Centeno não estar presente. O Executivo responde que é o Governo quem escolhe quem o representa.
O debate no Parlamento sobre a Caixa Geral de Depósitos, esta quinta-feira, 8 de Setembro, começou com um ataque a Mário Centeno. O líder centrista, que trouxe o tema para a discussão parlamentar, criticou a ausência do ministro das Finanças.
Segundo Nuno Magalhães, havia a indicação, dada pelo Governo, de que o ministro estaria presente ao lado do secretário de Estado do Tesouro e Finanças Ricardo Mourinho Félix para falar sobre o banco público que vai fazer um aumento de capital de 5.160 milhões de euros. Ainda que Centeno pudesse ter de sair para cedo para apanhar o voo para o Ecofin (reunião dos ministros das Finanças da União Europeia, que acontece esta sexta-feira).
O facto de o governante não ter aparecido - e de o Governo estar apenas representado por Mourinho Félix - é um "desrespeito", na óptica do centrista Nuno Magalhães.
O secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Pedro Nuno Santos, não gostou do reparo. "Não há figuras menores no Governo e o Governo decidiu que quem representaria o Governo é o secretário de Estado do Tesouro. Quem decide quem fala pelo Governo é o Governo", justificou.
Pedro Nuno Santos afirmou que nunca transmitiu que Centeno estaria no debate mas sim que o tema CGD teria de ser o primeiro a ser discutido na comissão parlamentar permanente para que os governantes pudessem, depois, ir para o Ecofin.
Da oposição, o líder da bancada social-democrata, Luís Montenegro, quis deixar uma farpa: "É o Governo que escolhe quem não fala pelo Governo".