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Passos e pókemons: Declarações de Costa "falam por si"

Ex-primeiro-ministro diz que não interessa a ninguém colocar sequer a hipótese de segundo resgate. Sobre as declarações de Costa, que sugeriu que caçasse pókemons, diz que não merecem comentários.

12 de Outubro - No final da segunda reunião é notória a divisão entre PS e a Coligação. Passos Coelho e António Costa repartem queixas.  'Não avançámos rigorosamente nada', disse o líder do PSD.
Miguel Baltazar
14 de Setembro de 2016 às 14:03
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O líder do PSD, Pedro Passos Coelho, recusou pronunciar-se sobre a possibilidade de um segundo resgate, sublinhando não ver que interesse a alguém na política portuguesa que essa hipótese possa sequer ser considerada.


"Não vejo sequer que interesse a alguém na política portuguesa, muito menos a quem já desempenhou lugares de responsabilidade como eu, que essas hipóteses sequer possam ser consideradas", afirmou o presidente social-democrata, quando questionado sobre as declarações do primeiro-ministro, António Costa, de que não tem o menor cabimento colocar-se um cenário de segundo resgate financeiro a Portugal.


Sublinhando já se ter pronunciado de forma clara sobre a possibilidade de um segundo resgate, Passos Coelho disse esperar não ter necessidade de falar sobre esse assunto "mais vez nenhuma".


O líder do PSD, que falava aos jornalistas no final de um encontro com o primeiro-ministro, em São Bento, a propósito da cimeira de Bratislava, escusou-se também a comentar a declaração de António Costa que, numa alusão indirecta às previsões económico-financeiras do PSD, disse: "quem anda à procura de encontrar o diabo mais vale dedicar-se à caça de pokémons, porque caçar pokémons é mais fácil do que encontrar o diabo". "Não conhecia essas declarações, mas não sinto nenhuma necessidade de fazer qualquer comentário sobre elas, acho que elas falam por si", disse apenas.


Costa diz que segundo resgate não tem cabimento e sugere a Passos que "cace pokémons"
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O primeiro-ministro considera que Portugal "tem tido uma execução orçamental muito tranquila" e reafirmou que o défice ficará "confortavelmente abaixo dos 2,5%". "Quem anda à procura de encontrar o diabo mais vale dedicar-se à caça de pokémons", disse, em alusão às palavras do líder do PSD.

Passos Coelho recusou também comentar a possibilidade de aumento dos impostos indirectos, remetendo a sua discussão para a altura em que for conhecida a posposta do Governo de Orçamento do Estado para 2017.

 

"Não vamos entrar no jogo de comentar intenções", sustentou, considerando "completamente prematuro" estar a fazer comentários sobre medidas a incluir no Orçamento do Estado para o próximo ano, matéria que, segundo Passos Coelho, também não esteve em cima da mesa durante o encontro desta manhã com o primeiro-ministro.

 

Sobre a cimeira de Bratislava, Passos Coelho notou que trata da primeira ocasião em que os chefes de Estado e de Governo da União Europeia se reunirão no arranque do novo ano político, para refletir as prioridades da União.

 

Recuperando algumas das propostas do PSD, nomeadamente a necessidade de completar a união bancária ou avançar para uma verdadeira união de mercados financeiros, Passos Coelho destacou ainda a questão da saída do Reino Unido da União Europeia, defendendo que o processo de separação seja "amigável e não um processo conflituoso".

 

"Interessa o mais possível que o processo não seja guiado com a preocupação de castigar o Reino Unido pela sua decisão", enfatizou.

 

No final do encontro entre o primeiro-ministro e o líder do PSD, a secretária de Estado dos Assuntos Europeus, Margarida Marques, explicou aos jornalistas que o objetivo da cimeira de Bratislava é "encontrar uma proposta política que responsa àquilo que são as ambições dos cidadãos relativamente à União Europeia, ou seja, preservar a sua liberdade, a sua segurança e a sua prosperidade".

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